A fruticultura e o plantio de árvores são as alternativas para que muitos municípios do norte e noroeste do Estado do Rio de Janeiro retomem seu desenvolvimento econômico. É o que garante o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Joel Naegele, que vem, há algum tempo, criticando o estado de abandono dessas regiões.
“Precisamos despertar do marasmo e da acomodação, conclamando os prefeitos para que exerçam a força dos cargos e se juntem a instituições como a Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) na busca de soluções que nos tirem da situação de pobreza crônica que há tempos domina nosso triste cenário.”
Ao falar sobre a importância da fruticultura fluminense, Naegele citou dois projetos elaborados pela Firjan para o norte e noroeste, com recursos obtidos junto ao Ministério de Integração Regional e com a participação da secretaria estadual de agricultura. As ações envolvem o plantio de abacaxi em Campos dos Goytacazes e de pêssego em Porciúncula.
“É um verdadeiro êxito de renda e emprego, até porque, como se sabe, essas atividades, por suas características, são grandes empregadoras de mão de obra de menor exigência quanto à qualificação do pessoal empregado”, observou o vice-presidente da SNA, que reconhece o incentivo da Firjan ao setor rural para promover o desenvolvimento do interior do Estado.
Naegele disse que a produção de frutas para posterior industrialização deveria ser estendida a outros municípios fluminenses. “Não há milagre que faça a economia deslanchar. Nossas lideranças políticas precisam estar atentas.”
EUCAPLITOS E SERINGUEIRAS
Ainda segundo o vice-presidente da SNA, que também atua como produtor em Cantagalo (RJ), o cultivo de madeira é outra atividade vantajosa.
“O plantio de madeira poderia ocupar uma enorme área totalmente inaproveitada. O cultivo de eucaliptos e de seringueiras é bem apropriado para essas regiões. Milhares de hectares de terras sem nenhuma utilização prática seriam recobertos”, afirma.
“Acredito que a madeira produzida poderia servir de base para a instalação de indústrias transformadoras como aquelas ligadas ao beneficiamento e à própria industrialização. Os fortes exemplos do interior de Minas Gerais e do Espírito Santo deveriam ser seguidos por nós”, salienta Naegele, que finaliza com um apelo: “Precisamos acordar os homens que se elegem e esquecem que prometeram criar empregos”.
Por equipe SNA/RJ
