É cada vez maior a demanda dos consumidores por produtos naturais, saudáveis, orgânicos, certificados e pautados por critérios de sustentabilidade. A certificação agrega valor para o produtor, que coloca no mercado produtos com maior transparência para o consumidor, que por sua vez toma conhecimento de todas as práticas utilizadas na cadeia produtiva, sejam elas agrícolas, industriais, de sustentabilidade ambiental e responsabilidade social.
Especialistas apontam que, no Brasil, há mais de 350 empresas brasileiras com produtos certificados, por, no mínimo, um organismo certificador de reconhecimento internacional. Segundo analistas, uma certificadora legamente credenciada tem capacidade para avaliar mais de 16 mil categorias diferentes de produtos, a fim de verificar se oferecem algum risco ao consumo ou à propriedade. Bilhões de produtos certificados são colocados no mercado mundial anualmente, principalmente nos setores elétrico e eletrônico.
No agronegócio, a certificação constitui um importante instrumento que responde pela origem, qualidade, confiabilidade e a avaliação do controle de produtos, em toda sua linha de vida, até chegar ao consumidor final. Isso inclui desde padrões de processamento a listas de insumos e atividades recomendadas e proibidas.
Apesar de envolver alto custo, a certificação atende às atuais demandas dos mercados externos e das tendências de consumo. Produtos como madeira e soja (indicando que não vem da Amazônia), tem suas certificações exigidas a nível internacional, sobretudo na Europa, onde alguns supermercados recomendam o sistema European / Global Gap, que garante boas práticas. A Produção Integrada de Frutas (PIF), a EUREPGAP; a Certificação Florestal e o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV), são algumas das certificações indicadas atualmente no agronegócio. Para debater o tema e seus desdobramentos, participam do segundo painel do 11º Congresso de Agribusiness da SNA, Carlos Alberto de Oliveira Roxo, gerente geral de sustentabilidade da FIBRIA (Votorantin Celulose e Papel e Aracruz Celulose); Eduard Weichselbaumer , presidente do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada – CEITEC; Eduardo Eisler , vicepresidente de Innovation & Business Strategy para o Brasil e América Latina, da Tetra Pak Brasil; Joaquim Bento de Souza Ferreira Filho , presidente da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – SOBER; Ricardo Tatesuzi de Sousa , diretor executivo da ABRANGE – Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados, e Sussumu Honda, Presidente da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados.