De acordo com o pesquisador da Embrapa Miguel Borges, o mercado de inseticidas para a cultura da soja no País gira em torno de US$112,70 milhões anuais. Recentemente, uma pesquisa liderada por ele obteve a patente “Composição de atração, armadilhamento e/ou extermínio do percevejo da soja Piezodorus guildinii” (PI 9903509-0).
Atualmente, são utilizados mais de 4,5 milhões de litros de inseticidas químicos por safra para o controle de percevejos-praga, ao custo aproximado de R$ 20,00 por hectare. “Por isso, investir em tecnologias de controle biológico de pragas da soja é uma prioridade para o Brasil hoje”, afirma Borges.
O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de soja, participando com 23,8% da produção mundial e 19 % do total exportado. A produção nacional é de cerca de 68 milhões de toneladas, envolvendo 16 estados e uma área superior a 23 milhões de hectares.
Para o especialista, no entanto, o investimento em tecnologias de controle biológico de pragas não deve se restringir apenas à soja. Os estudos com feromônios já estão sendo estendidos a outras culturas agrícolas. Foram iniciadas pesquisas, em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental, para controle da broca do cupuaçu e também com a Embrapa Arroz e Feijão para monitoramento do percevejo do colmo do arroz (Tibraca limbativentris).
Fonte: Agrolink