Atendendo uma demanda antiga dos produtores do Maranhão, Piauí e Tocantins, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen) lançam a cultivar de soja transgênica BRS Sambaíba RR durante o Agrobalsas, evento que será realizado de 12 a 16 de maio de 2014, na Fazenda Sol Nascente, em Balsas (MA).
A novidade estará disponível na próxima safra (2014/2015) para os produtores de grãos do sul do Maranhão, sudeste do Piauí e norte do Tocantins (região conhecida como REC 501) e nordeste do Maranhão (REC 502). Durante a realização dos ensaios a campo, a BRS Sambaíba RR apresentou rendimento médio de 3.700kg/ha para a região de indicação REC 501 e de 3.400 kg/ha para a REC 502. A superintendente da Fapcen, Gisela Introvini, entende que a nova cultivar é bastante promissora por ser essencialmente derivada da BRS Sambaíba, que foi uma das cultivares mais semeadas na região por vários anos.
A pesquisadora Monica Juliani Pereira, da Embrapa Soja, explica que foram necessários oito anos de pesquisas para transportar a excelente carga genética da BRS Sambaíba, uma das preferidas dos produtores da região, para a cultivar transgênica: a BRS Sambaíba RR. A nova cultivar, portanto, além do gene de resistência às plantas daninhas, reúne características altamente desejáveis pelos produtores.
“Uma delas é a estabilidade, o que garante um elevado potencial de rendimento de grãos sem muitas oscilações e também a característica de não possuir limitações em relação à altitude, garantindo que a cultivar seja semeada em vários ambientes”, explica a pesquisadora da Embrapa Soja. “Além disso, a BRS Sambaíba RR tem adaptação ampla a várias regiões”.
De acordo com o diretor de produtos agrícolas da Agroindustrial Cereais Verdes Campos, Fernando Pasquali, a BRS Sambaíba é um material altamente produtivo e por isso, os produtores sentiam a carência de uma cultivar semelhante, mas que fosse transgênica. “A BRS Sambaíba RR carrega a rusticidade do material convencional, o que é importante para as regiões de fronteira agrícola que apresentam baixa fertilidade em solos ainda não corrigidos”.
Fonte: Diário dos Campos