*Clique acima e confira o webinar na íntegra.
O SNASH – SNA Startup Hub – realizou, no dia 23 de abril, o webinar “Goes Global: Fundraising no Exterior”; um evento que mostrou a importância da internacionalização das startups brasileiras, especialmente as do setor agro. O evento contou com a participação de profissionais renomados que abordaram temas como fundraising no exterior, abertura de empresas em Delaware, alternative funding, vendas para o mercado internacional, entre outros.
O CEO do SNASH, Leonardo Alvarenga, fez a abertura do evento e frisou que o hub, desde a sua criação, defende que as startups devem trabalhar a mentalidade para conquistar mercados internacionais e não apenas o regional e o nacional.
“Diferente de outros, nós sabemos que as startups nacionais, sobretudo as voltadas para o agro, poucas vezes pensam em se internacionalizar. E este é o primeiro evento da série de outros tantos especiais que o SNASH vai fazer com profissionais que tentaram e conseguiram ter sucesso na internacionalização de suas startups”, enfatizou Leonardo Alvarenga.
ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) fornece inteligência de mercado, algo crucial para que empresas conheçam melhor os mercados internacionais e quais produtos têm maior chance de aceitação.
Renata Gomes Machado, especialista em negócios internacionais da ApexBrasil, participou do webinar e apresentou ações da agência como a oferta de treinamentos e capacitações para que as empresas sintam-se mais preparadas para exportar; muitas vezes, descobrindo que com pequenos ajustes podem tornar seus produtos competitivos no exterior.
“Em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), organizamos eventos que permitem às startups participar de grandes eventos internacionais de tecnologia e inovação. Além disso, escritórios da Apex no exterior facilitam a conexão entre empresas brasileiras e compradores ou investidores internacionais, uma parte fundamental do processo de internacionalização”, ressaltou Renata Machado.
FARMly
Já Lucas Faria, co-founder da FARMly, enfatizou que no mercado atual as empresas que não adotam uma mentalidade global podem, rapidamente, perder espaço para concorrentes que já atuam internacionalmente. Ele explicou como startups brasileiras, por estarem frequentemente em um mercado mais amplo, podem ser complacentes com a sua posição local.
“O disfarce de um mercado local forte pode fazer com que empreendedores subestimem as oportunidades disponíveis no cenário internacional, o que pode afetar o crescimento e a valorização da empresa”, disse.
O palestrante listou vários obstáculos constantemente citados como razões para não internacionalizar, como a falta de tradução do produto e as dificuldades logísticas. Ele assegurou que essas barreiras são solucionáveis e mostrou exemplos práticos para cada uma delas.
“A FARMly consegue ajudar muito na exportação e importação, resolvendo toda a burocracia, principalmente no setor agropecuário”, afirmou Lucas Faria.
Percevia
Marcus Ataide, CEO da Percevia, contribuiu com o evento falando sobre bootstrap + alternative funding e a relação entre as deeptechs e as universidades. “Por vezes, as universidades impõem requisitos de royalties e uma alta dose de burocracia que pode ser desgastante para as startups em suas fases iniciais. Isso ocorre porque, neste estágio, as startups têm pouco poder de barganha e precisam validar rapidamente a viabilidade de seus projetos”.
O participante disse ainda que assinaturas de contratos com universidades, que podem parecer inofensivas inicialmente, podem se transformar em obstáculos significativos para o processo de captação de recursos, especialmente ao buscar financiamentos de investidores de capital de risco (VC).
“Há muitos casos em que contratos com universidades, considerados predatórios, dificultam ainda mais a vida das startups e refletem uma certa imaturidade do mercado. Para evitar as armadilhas da burocracia universitária, uma solução estratégica é formar parcerias com Fabricantes Originais de Equipamentos (OEMs). Esses parceiros não têm interesse em produzir seus próprios produtos, mas podem ajudar startups na fabricação dos dispositivos necessários”, explicou o CEO da Percevia.
Aptah bio
A Aptah bio é uma startup de biotecnologia que atua com tecnologia de modulação de transcrição baseada em RNA. Raphael M. Bottós, CEO da Aptah bio, compartilhou suas experiências e sentimentos em relação à captação de investimento, especialmente entre investidores brasileiros que, geralmente, não compreendem o setor de biotecnologia.
Em sua fala, Raphael Bottós mencionou a dificuldade em captar recursos, por não serem da rede americana de investidores, o que gera um desconforto ao tentar convencer os investidores sobre o potencial do seu negócio.
SystemicBio
Fundadora e CEO da SystemicBio, Taci Pereira contou que trata-se de uma empresa baseada nos Estados Unidos. Seu depoimento revelou a jornada que leva alguém do Brasil a criar uma startup inovadora nos EUA, mostrando seu progresso desde os estudos em bioengenharia em Harvard até a fundação de sua empresa, bem como os desafios encontrados ao longo da jornada.
“Nós trabalhamos avaliando a segurança e eficácia de medicamentos usando tecidos bioimpressos. A busca por investimento é uma das principais tarefas de um CEO, especialmente para startups. O processo é marcado pela necessidade de conectar-se com investidores e apresentar sua ideia de forma convincente”, reforçou Taci Pereira.