Críticas a políticas do Governo Federal marcam abertura da 21ª Agrishow

As crises no setor sucroalcooleiro, de energia e as recentes denúncias envolvendo a Petrobrás estiveram entre as críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que marcaram os discursos de abertura da 21ª Agrishow, nesta segunda-feira (28), em Ribeirão Preto (SP). Políticos e entidades representativas do setor aproveitaram a oportunidade para cobrar redução de impostos e estímulo à produção no campo.

O primeiro a alfinetar as políticas do Governo Federal foi o presidente da Agrishow, Maurílio Biagi Filho, relembrando o incentivo dado à produção de etanol durante o Programa Proálcool, na década de 1970.

“Corremos o sério risco de passarmos pela história como aqueles que fizeram quase desaparecer o maior e mais bem sucedido programa de energia renovável do mundo. Espero que sejamos competentes e eficientes o bastante para superar essa crise.”

A crítica ganhou força nas palavras do tucano Duarte Nogueira, líder do partido na Câmara Federal, que citou o fechamento de 44 usinas nas últimas cinco safras do setor canavieiro. O mesmo discurso foi usado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), destacando a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para o etanol no Estado – a alíquota passou de 25% para 12%.

“Nós temos boas políticas, que levaram a grandes conquistas para o nosso país. Mas temos políticas equivocadas, que levaram à crise do etanol, à crise da Petrobras e à crise do setor elétrico. Trocar energia limpa, verde e renovável por combustível fóssil é uma medida que precisa ser rapidamente corrigida, sob o risco de termos consequências em curtíssimo prazo”, disse Alckmin.

Ministros defendem

Adotando uma postura defensiva, os ministros do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B), e da Agricultura, Neri Geller (PMDB), destacaram as políticas adotadas pelo governo petista, exaltando ainda a força dos produtores e do empresariado para reverter a crise no setor sucroenergético.

“Os agricultores no Brasil têm a capacidade de transformar tragédias em promessas”, disse Rebelo.

Geller, por sua vez, destacou o Plano Safra 2013/2014, que destinará R$ 136 bilhões a pequenos agricultores, e o Plano Nacional de Armazenagem, cuja previsão é oferecer R$ 25 bilhões em financiamentos aos produtores, com taxa de juros de 3,5% ao ano.

“Isso dá a exata dimensão do quanto é o comprometimento da presidenta Dilma. E eu falo isso como ministro, mas também como agricultor que sou. Nó, nos ministérios, estamos muito integrados no sentido de levar a mensagem do produtor, de defender a produção de forma firme e sustentável”, defendeu Geller.

Fonte: G1

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