Citricultores estão otimistas para a safra 2025/26 de laranja

Há uma necessidade da continuidade de chuvas em volumes satisfatórios no primeiro semestre deste ano para que os produtos colhidos tenham boa qualidade – Foto: Canva

A produção de laranja da safra 2025/26 ainda é incerta, embora os citricultores estejam bastante animados com o panorama atual. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), esta safra se desenvolve com êxito em decorrência do expressivo volume de chuvas no cinturão citrícola no último trimestre de 2024, depois de um extenso período de estiagem que impactou o ciclo anterior.

O CEPEA reforça sobre a necessidade da continuidade de chuvas em volumes satisfatórios no primeiro semestre deste ano para que os produtos colhidos tenham boa qualidade. Como resultado, haverá também uma boa produção de suco de laranja.

Greening

Antônio Carlos Simonetti, vice-presidente da Associação Brasileira dos Citros de Mesa (ABCM), afirmou que esta safra será melhor que a anterior, mas ainda existem obstáculos. “O índice de greening está bem maior. As plantas já apresentam vários sintomas amarelos e frutas caindo no chão”.

Em Aguaí, município paulista referência na produção de citros, algumas variedades de laranja-pera estão com a produtividade fragilizada. “Estamos aguardando que este plantio dê uma ‘temporona’ para completar a carga dos laranjais. Tudo depende do fator climático que virá; por exemplo, se a alta temperatura nesta época da floração vai prejudicar o ‘pegamento’ ou não. O futuro desta cultura é incerto, mas tudo está mostrando que a safra 2025/26 será um pouco melhor que a passada”, reforçou o vice-presidente da ABCM.

Exportação do suco

Na safra 2024/25, o Brasil exportou o volume de 430.078 toneladas, contra 535.604 toneladas, no ciclo imediatamente anterior, uma queda de 19,7%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior e compilados pela CitrusBR, que atribui estes números à redução do consumo e à restrição de oferta do produto. Porém, o faturamento atingiu US$ 1,8 bilhão, representando elevação de 42,66% sobre o mesmo período do ano passado.

O principal destino das exportações brasileiras deste produto continua sendo a Europa com a marca de 42,72% de participação.

Por Larissa Machado / larissamachado@sna.agr.br
Com informações de CEPEA, CitrusBR e ABCM

 

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