*Artigo publicado pela Aprosoja Brasil e repostado com a autorização do seu setor de comunicação
O agronegócio brasileiro é sinônimo de prosperidade e daquilo que realmente dá certo no Brasil. Terceiro maior produtor exportador de alimentos do planeta, o Brasil é reconhecido pela sua eficiência e por boas práticas agrícolas. Atacado pela esquerda e pelos países que temem por não terem capacidade de competir com o país e que subsidiam pesadamente a sua agropecuária, o agronegócio brasileiro segue dando ao Brasil aquilo que governos e os demais setor da economia não conseguem dar: a liberdade de crescimento econômico e prosperidade social, em especial nos estados mais pobres.
Mas infelizmente, apesar de os municípios onde o agro é forte terem IDH melhor que a média nacional, maior arrecadação de impostos, geração de empregos e economia aquecida, mesmo em meio às crises, não faltam catedráticos, ideólogos e esquerdistas desafiando a lógica e criticando o setor. O último episódio seria cômico se não fosse tecido em meio a algo tão trágico. Após o desabamento da ponte JK entre os estados de Tocantins e do Maranhão, com perdas inestimáveis de vidas, levantou-se uma voz anunciando que a culpa seria do agro.
Sob o manto do apelo da autoridade, uma pesquisadora afirmou que o crescimento do agronegócio da região gerou um aumento no transporte de cargas, sobrecarregando a infraestrutura e levando a ponte a cair. O resto da fala segue uma cartilha que nenhum cidadão de bem no Brasil consegue nem ouvir mais e não valeria a pena reproduzir.
Pois bem, no argumento há uma falha cabal. O crescimento não ocorreu da noite para o dia, mas nos últimos vinte anos. Junto com ele, houve o florescer do Matopiba, importante região produtora e exportadora de alimentos nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Cidades cresceram e se desenvolveram juntamente. E graças ao agronegócio, a infraestrutura expandiu, e onde havia travessia de balsas hoje há pontes. Ora, isso se chama desenvolvimento socioeconômico. Mas para mentes turvadas pela ideologia esquerdista, isso é sinônimo de atraso.
Transformar o aumento da atividade econômica em um problema, sendo a expansão do transporte de cargas um indicador preciso deste fato, é afirmar que melhor seria a ausência de produção, de geração de empregos e de prosperidade para a região. É dizer que melhor seria que os municípios produtores ficassem condenados ao ostracismo, realidade de muitos em que não há produção agropecuária. Onde a pobreza é uma chaga e onde o poder público mostra a sua debilidade sistêmica e que se depender dele essa realidade não mudará nunca.
Não se pode aceitar esse tipo de mentalidade nos tempos atuais. Os problemas estruturais da ponte são obra da corrupção, do descaso com a coisa pública, das autoridades políticas que deveriam ter usado o Ministério Público para interromper o fluxo de veículos e obrigar o DNIT a fazer a devida manutenção na ponte. Agora, afirmar que não poderia passar tanto veículo na ponte é uma piada de mau gosto, um argumento viciado que não se sustenta.
Que os culpados sejam punidos, que a ponte seja reconstruída com base na real necessidade de fluxo de veículos, que o poder público faça a sua parte, já que o agro está fazendo a dele. E, sobretudo, que as famílias que perderam seus entes queridos sejam confortadas neste momento difícil da vida.