Alguns veículos de comunicação na quinta-feira (28), comentaram que a China havia comprado uma área rica em urânio no Amazonas, que ficaria na mina de Pitinga, reserva com maior potencial de mineração do elemento químico no Brasil, situada na cidade de Presidente Figueiredo, a 300 km de Manaus. O caso repercurtiu críticas vindas da oposição.
O Fato
A realidade é que a empresa Mineração Taboca S.A., que atua na região da mina, foi vendida para a China Nonferrous Metal Mining Group Co., uma estatal chinesa, por por US$ 340 milhões – o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões.
Conforme divulgado em nota pela empresa, a venda foi realizada pela Minsur S.A., companhia peruana que atualmente controla a Taboca.
Apesar de situada na região da mina de Pitinga, não houve a venda de áreas para a exploração de urânio, uma vez que isso é vedado pela Constituição.
O fato coincidiu na ocasião em que o líder chinês, Xi Jinping, passou um dia inteiro em Brasília, depois do G-20, com o presidente Lula, quando assinaram 37 acordos bilaterais. Nenhum deles trata da comercialização de urânio.
A redação da SNA também apurou que a Constituição Federal determina o monopólio da exploração do urânio em território nacional pela União, limitando a mineração exclusivamente às Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Em nota, a INB negou a venda de mina de urânio em Pitinga (AM).
No comunicado a Mineração Taboca disse que “esse novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a mineradora, pois permitirá que ela tenha acesso a novas tecnologias para se tornar mais competitiva e ampliar sua visão e capacidade produtiva”.
Por Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário (MTb 13.9290)