Moagem de cana-de-açúcar totaliza 39 milhões de toneladas na 2ª quinzena de setembro

No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de outubro, a moagem totalizou 505.08 milhões de toneladas, contra 493.50 milhões de toneladas processadas no mesmo período no ciclo anterior – Foto: Canva
Na segunda quinzena de setembro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 38.83 milhões de toneladas contra as 44.95 milhões de toneladas da safra 2023/2024, registrando uma queda de 13,62%. No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de outubro, a moagem totalizou 505.08 milhões de toneladas, contra 493.50 milhões de toneladas processadas no mesmo período no ciclo anterior, um aumento de 2,35%.
Operaram na segunda quinzena de setembro 258 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 239 unidades com processamento de cana, nove empresas que produzem etanol a partir do milho e dez usinas flex. No mesmo período, na safra 2023/24, operaram 261 unidades produtoras. Na quinzena, duas unidades encerram a moagem, enquanto no acumulado já se contabilizam quatro unidades. No ciclo anterior, até o fim de setembro, três usinas haviam terminado com seu período de processamento de cana-de-açúcar.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na última quinzena de setembro atingiu 160,01 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 154,27 kg por tonelada na safra 2023/2024, variação positiva de 3,72%. No acumulado da safra, o indicador marca 141,02 kg de ATR por tonelada, índice levemente superior (0,61%) ao do último ciclo na mesma posição.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na segunda metade de setembro totalizou 2.83 milhões de toneladas, registrando uma expressiva queda de 16,21% na comparação com o volume produzido no mesmo período na safra 2023/2024 (3.38 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 1º de outubro, a produção do adoçante totalizou 33.15 milhões de toneladas, contra 32.65 milhões de toneladas no ciclo anterior.
O Diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, acrescentou que na última quinzena de setembro apenas 47,79% da cana-de-açúcar foram direcionadas para a produção do adoçante, registrando uma queda em relação aos 51,10% no mesmo período do ano anterior. “O rendimento acumulado na produção de açúcar atingiu 65,64 quilos do adoçante por tonelada de cana até 1º de outubro desta safra, contabilizando retração em relação aos 66,17 quilos verificados em igual período do ciclo anterior”, informou o executivo.
A produção de etanol, por sua vez, totalizou 2.24 bilhões de litros na segunda metade de setembro, sendo 1.44 bilhão de litros de etanol hidratado (+ 3,33%) e 792.4 milhões de litros de etanol anidro (- 4,89%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de outubro, a produção do biocombustível totalizou 25.20 bilhões de litros (+ 7,44%), sendo 16.11 bilhões de etanol hidratado (+ 16,43%) e 9.10 bilhões de anidro (- 5,50%).
Do total de etanol produzido na segunda quinzena de setembro, 15% foram produzidos a partir do milho, registrando um volume de 329.84 milhões de litros neste período, contra 238.45 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024, aumento de 38,33%. No acumulado desde o início da safra até 1º de outubro, a produção de etanol de milho atingiu 3.80 bilhões de litros, aumento de 26,99% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Vendas de etanol

No mês de setembro, as vendas de etanol totalizaram 2.94 bilhões de litros, o que representa um aumento de 6,24% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024.
No mercado interno, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 1.73 bilhão de litros, registrando aumento de 4,36% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 1.03 bilhão de litros, avanço de 10,72%.
No acumulado desde o início da safra até o término de setembro, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul totalizou 17.84 bilhões de litros, registrando um aumento de 16,23%. O volume acumulado de etanol hidratado foi de 11.58 bilhões de litros (+ 30,74%), enquanto o de anidro foi de 6.25 bilhões de litros (- 3,58%).
“Seguindo movimento registrado desde o início de 2024, as vendas de etanol hidratado continuam aumentando, refletindo a competitividade do biocombustível na bomba. Desde agosto de 2023, o etanol hidratado registra uma paridade abaixo de 73% do preço da gasolina em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, oferecendo a possibilidade de descarbonização com economia aos proprietários de veículos flex-fuel”, explicou Luciano Rodrigues.

Mercado de CBios

Dados da B3 até o dia 8 de outubro indicam a emissão de 32.31 milhões de créditos em 2024 pelos produtores de biocombustíveis. O volume de CBios disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores totaliza 28.88 milhões de créditos de descarbonização.
“Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2024, já temos mais de 90% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo Programa para o final deste ano”, destacou o Diretor da UNICA.
Fonte: UNICA
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