Após alcançar máximos históricos em setembro, os preços do café registraram uma queda na primeira semana de outubro. Segundo dados da análise da Hedgepoint Global Markets, as expectativas de chuvas nas principais regiões cafeeiras do Brasil influenciaram o movimento de baixa no mercado. De acordo com Laleska Moda, analista de Café da Hedgepoint, “as previsões apontam chuvas significativas nas próximas semanas, especialmente em Minas Gerais e São Paulo, o que pode aliviar o estresse hídrico e favorecer a florada do café”.
Essa mudança climática é fundamental para o desenvolvimento da safra 25/26, embora parte do potencial produtivo possa já ter sido prejudicado pela seca prolongada. A pressão sobre os preços do café, especialmente do tipo arábica, também está relacionada às negociações em torno do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR). A Comissão Europeia propôs adiar a implementação do EUDR para grandes empresas até dezembro de 2025 e para pequenas e microempresas até junho de 2026.
Outro fator relevante é o início da colheita no Vietnã, o que deve aumentar a oferta global e gerar uma pressão baixista adicional nos preços no curto prazo. No entanto, a longo prazo, a perspectiva de déficit global, com a queda na produção de robusta e os baixos estoques, pode favorecer uma recuperação dos preços no futuro.
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