A Assembleia Geral das Nações Unidas definiu 7 de outubro para marcar a relevância do algodão para o mundo. O World Cotton Day foi lançado em 2019, em Genebra, na Suíça, pela OMC.
O algodão no Brasil vai bem, obrigado. Na última safra, o país se tornou o maior exportador mundial. Grande parte da cadeia é certificada com recordes de produtividade e sustentabilidade. Em produção, ocupa a quarta posição. Na liderança está a China, seguida pela Índia e EUA.
A safra 2024/25 alcançará um novo recorde, estimado em 3,97 milhões de toneladas de pluma, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), um crescimento de 8% em relação à safra anterior. Do algodão nada é desperdiçado. Seu principal produto é a fibra para uso na indústria têxtil, de vestuário e outras. As sementes geram o óleo de algodão, um produto comestível.
Diversos resíduos do algodão servem de alimento e entram composição de ração para animais. O linter, uma fibra envolvendo as sementes, serve na produção de papel, papel-moeda, cosméticos, móveis etc.
O algodão é uma cultura bastante resistente a seca, graças ao seu sistema de enraizamento profundo. Milhões de pequenos e médios agricultores cultivam o algodão nas regiões semiáridas da Ásia, África e Américas. Uma única tonelada de algodão fornece emprego, por um ano, para cinco pessoas em média.
O algodão ocupa apenas 2% das terras aráveis e atende 27% da demanda de fibras têxteis do planeta. Em 75 países, em 5 continentes, mais de 100 milhões de famílias vivem da produção de algodão. Como todos produtores, ninguém põe fogo em suas lavouras.
Essa gente de fibra e seu produto merecem mesmo um dia de destaque!
Evaristo de Miranda – Pesquisador e doutor em Ecologia – https://evaristodemiranda.com.br/