China e o agro brasileiro celebram sucesso das relações comerciais

A parceria sino-brasileira é marcada por uma trajetória de sucesso e se deve muito ao esforço de produtores rurais – Imagem de chandlervid85 no Freepik

O agro brasileiro também tem o que comemorar, na quinta-feira (15), quando Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas. Mais de um terço das exportações agropecuárias tem como destino o país asiático.

A parceria sino-brasileira é marcada por uma trajetória de sucesso e se deve muito ao esforço de produtores rurais das mais variadas regiões e cadeias produtivas para atender o mercado chinês.

Em 2023, do total de exportações do agro, 36% foram para a China, 13% para a União Europeia e 5,90% para os Estados Unidos, outros importantes parceiros comerciais do Brasil. O principal produto importado pelo país asiático no ano passado foi a soja em grão, seguida pela carne bovina in natura e a celulose.

A Diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, afirmou que a relevância do agro brasileiro no mercado internacional também está ligada ao aumento das importações chinesas.“Só para dar um exemplo, podemos citar o caso do milho. Em 2022, a China abriu o mercado para o grão, e no ano seguinte fomos o maior exportador de milho do mundo devido às compras chinesas”.

A análise da linha cronológica dessa relação comercial mostra as mudanças de patamares ao longo da história. Em 2000, o Brasil exportou cerca de US$ 20.5 bilhões em produtos agropecuários, sendo US$ 561 milhões, ou 3%, para a China. Já em 2023, o valor foi de US$ 166.5 bilhões e, desse total, US$ 60.2 bilhões foram enviados para o país asiático, aumentando para 36%.

Há mais de 11 anos, China, Estados Unidos e União Europeia têm sido os três principais destinos das exportações do agro brasileiro. Desde 2013, a China ocupa a primeira posição.

Sueme Mori destacou que com mais de 1 bilhão de pessoas, a segurança alimentar é uma prioridade pra o governo chinês. “Somos o principal fornecedor de alimentos para a China e ainda não atingimos o nosso ápice na produção agropecuária. Então ainda temos muito a crescer e a cooperar”.

A China é um mercado gigantesco e, segundo a Diretora de Relações Internacionais da CNA, o país tem total condição de ampliar e diversificar as exportações, “sem reduzir o que já vendemos. Seria um complemento”.  É nesse sentido que se encaixa o Agro.BR, uma parceria da CNA com a Apex-Brasil. “A China é um dos mercados prioritários do projeto, inclusive temos um escritório em Xangai para apoiar o pequeno e médio produtor rural nesse processo de internacionalização e, consequentemente, de diversificação da nossa pauta”, disse.

Para a Diretora, a relação do Brasil com a China é de ganha-ganha não só na área comercial, mas também de investimentos, tecnologia, e em outros temas de interesse comuns no cenário internacional.“Esse relacionamento de 50 anos ainda tem potencial para ser estreitado. Podemos trabalhar com a China em diversos setores. O desenvolvimento tecnológico deles é impressionante e pode ser aproveitado na nossa produção agropecuária”, concluiu.

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
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