Soja
Levantamentos do CEPEA mostram que os preços da soja estão mais firmes no mercado brasileiro, sustentados pela valorização externa. As médias de abril (até o dia 25) dos Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná subiram 2,20% e 2,90%, respectivamente, acima das de março e já são as maiores desde janeiro/24, naquele período. Preocupações com o clima sobre as lavouras da América do Sul impulsionavam os preços internos.
Em relação à colheita de soja no Brasil, acompanhamento do CEPEA indica que as atividades se aproximam da reta final. Segundo a Conab, 86,80% da área cultivada havia sido colhida até o dia 21 de abril, avanço semanal de 3,60%, mas abaixo dos 89% há um ano. Esse menor ritmo dos trabalhos de campo se deve a precipitações no Sul do País e em parte do Nordeste, ainda segundo pesquisadores do Cepea.
Milho
Os preços do milho seguem em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do CEPEA, a pressão vem da postura retraída de muitos compradores, do avanço da colheita da safra de verão e do bom desenvolvimento da segunda safra em boa parte das regiões.
Em algumas praças acompanhadas pelo CEPEA, os preços atuais do cereal já são os menores desde outubro/23. Consumidores relatam ter estoques e realizam novas aquisições no mercado spot apenas quando têm necessidade.
Do lado vendedor, pesquisadores do CEPEA indicam que enquanto boa parte se mostra mais flexível nas negociações, devido à necessidade de fazer caixa, outros estão afastados do mercado, à espera de recuperações nos próximos meses, fundamentados nas recentes valorizações do dólar, contexto que pode elevar a paridade de exportação, e na possibilidade de uma segunda safra não tão volumosa.
De fato, a Conab indica uma área 8% menor e produção de 85.61 milhões de toneladas, 16% inferior à da safra 2023/24.