Soja
A maior demanda, sobretudo externa, impulsionou as negociações envolvendo soja no mercado brasileiro na última semana. Segundo pesquisadores do CEPEA, esse cenário elevou os prêmios de exportação no País, que voltaram a operar em patamares positivos, fato que não acontecia há oito meses.
Pesquisadores do CEPEA ressaltam, ainda, que a valorização do dólar deixou as commodities brasileiras mais atraente para os importadores. Nesse contexto, os preços da soja subiram no mercado doméstico. A alta nas cotações também esteve atrelada aos dados indicando menor produção nacional.
Entre a primeira estimativa da Conab para a safra 2023/24 (divulgada em out/23) e a mais recente (deste mês), o corte foi de 15.48 milhões de toneladas. Agora, a safra está estimada em 146.52 milhões de toneladas, 5,20% abaixo da safra passada e 0,23% inferior ao estimado no relatório anterior (de março).
Milho
Os preços do milho seguem em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo CEPEA. Na última semana, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP) voltou a fechar abaixo dos R$ 60,00 por saca de 60 kg, o que não ocorria desde novembro do ano passado.
Segundo pesquisadores do CEPEA, os compradores estão afastados das aquisições de novos lotes no mercado spot nacional, indicando ter estoques para o curto prazo. Além da demanda retraída, a intensificação da colheita da safra de verão no Brasil, estimativas apontando uma produção mundial elevada e as desvalorizações externas reforçam o movimento de baixa.
Apesar de preocupações pontuais com o clima nas regiões produtoras de segunda safra, os trabalhos de campo avançam no País; o plantio está na reta final, atingindo 99,50% da área nacional até o dia 7 de abril, e restando apenas a finalização em Minas Gerais, Maranhão e Mato Grosso do Sul, segundo a Conab.