Produção de peixes nativos, uma atividade em expansão

 

Darci Carlos Fornai
Segundo o consultor técnico em piscicultura e doutor em produção animal, Darci Carlos Fornai, o déficit comercial de pescados no País é elevado

 

 

A criação de peixes nativos passa por uma fase de acelerado crescimento. Para melhorar a eficiência da atividade, os arranjos da produção estão se modificando e, para obter competitividade, as cadeias estão se consolidando através do domínio de técnicas para o cultivo, pacotes tecnológicos e também com estratégias fora da porteira.

Segundo o consultor técnico em piscicultura e doutor em produção animal, Darci Carlos Fornai, o déficit comercial de pescados no País é elevado. As oportunidades de mercado são promissoras, tanto para substituição de importações quanto para atender ao aumento do consumo interno de pescado, que deverá alcançar o recomendado pela OMS – Organização Mundial da Saúde (12 quilos por habitante/ano) até o fim de 2014. “Boa parte desse consumo deve ser representado por peixes nativos”, prevê.

De acordo com o zootecnista, o futuro da piscicultura mundial passa pelo Brasil, e as espécies nativas terão grande participação nesse negócio, por sua adaptação, desempenho zootécnico e potencial gastronômico. “Estamos em um momento importante para a piscicultura, com ênfase na profissionalização dos empreendimentos e na concorrência cada vez mais acirrada de outras espécies produzidas no Brasil e no mundo”, justifica.

De acordo com Fornai, a cadeia produtiva dos peixes redondos no Brasil vem se consolidando por apresentar boas características zootécnicas e pelo resultado econômico favorável, assim como pelo potencial nos mercados doméstico e internacional. “Por exemplo, em 2011, a costela de tambaqui foi premiada na Feira de Bruxelas, a maior feira de pescado do mundo, como melhor produto food service da Europa”, ilustra.

As espécies mais importantes na criação de peixes nativos são o tambaqui, o pintado amazônico e o pirarucu. Para a produção de alevinos, os destaques são os siluriformes, peixes de couro, corpo roliço e alongado, sem espinhas intramuscular e bom rendimento de filé. “Entre estes estão os cacharas do gênero Pseudoplatystoma, o jundiá da amazônia (Leiarius marmoratus) e o híbrido entre essas duas espécies, o pintado amazônico, que está ganhando preferência na piscicultura nos últimos anos em função da rusticidade e bom crescimento com dietas para peixes onívoros”, finaliza.

Por Equipe SNA/SP

 

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