SOJA
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) divulgou na última segunda-feira (04) um levantamento realizado em fevereiro junto a agentes de mercado que apontou a manutenção das estimativas da safra 2023/24.
Desta forma, o Instituto manteve a projeção de produtividade da soja para o estado em 52,81 sacas por hectare, representando uma queda de 15,23% em relação à da safra anterior. Com isso, a produção da safra 2023/24 ficou projetada em 38.44 milhões de toneladas, uma redução de 15,17% em relação à safra passada. A manutenção da área plantada é outro fator que reforça esta análise.
Área plantada
Em relação à área de soja projetada para a temporada 2023/24, o indicador permaneceu estimado em 12.13 milhões de hectares.
Com menos de 15% de área disponível para finalizar a colheita, o rendimento aguardado para os talhões finais ainda está em aberto. “Historicamente, as últimas áreas a serem colhidas no estado registram redução na produtividade, devido ao menor investimento dos produtores, a baixa fertilidade dos talhões e áreas mais arenosas. No entanto, nesta safra, os maiores rendimentos são aguardados para essas áreas, visto que não foram impactadas com a extrema seca registrada no estado, e consequentemente, na maior parte dos talhões o ciclo da soja não apresentou encurtamento, o que aconteceu nas primeiras áreas colhidas em Mato Grosso”, informou o IMEA.
Demanda de soja
Para a demanda da safra 2023/24, o IMEA também manteve a estimativa das exportações da oleaginosa em 23.24 milhões de toneladas.
Em relação à demanda no estado, com a constante queda nos preços dos derivados em Mato Grosso, a projeção do consumo de Mato Grosso foi reduzida em 5,41% nesta estimativa, ficando prevista em 12.14 milhões de toneladas. Por fim, com o ajuste positivo nos envios interestaduais, o estoque final da safra 2023/24 permaneceu projetado em 17.490 toneladas, uma queda de 81,25% no comparativo com a safra 2022/23.
MILHO
Segundo o Instituto, a estimativa da área de milho em Mato Grosso para a safra 2023/24 foi mantida em 6.94 milhões de hectares, registrando uma redução de 7,31% quando comparada com a da safra anterior.
Com a manutenção da área e da produtividade em mar/24, a expectativa de produção para a safra 2023/24 é de 43.28 milhões de toneladas, uma queda de 17,58% em relação à safra 2022/23.
Retração
A queda dos preços do cereal tem desmotivado o produtor. O Nordeste foi a região que registrou a maior retração, de 11,81% em comparação com a safra 2022/23. “Isso, porque as outras culturas como gergelim, sorgo, etc., devem aumentar a participação nesta temporada, já que o custo de produção é menor que o do milho”, indicou o IMEA.
Produtividade
No que se refere à produtividade, a projeção de 103,86 sacas/hectare também está mantida, representando uma queda de 11,08%, em relação a da safra passada. “É importante ressaltar que as condições climáticas serão fatores decisivos para o desenvolvimento da safra e da produtividade final da temporada, e que esse número poderá ser revisado no decorrer do desenvolvimento da cultura até o final da colheita”, informou o Instituto.
