Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 19,50 a 22,25 centavos, com o janeiro/24 cotado a US$ 13,43½ (- 1,63%) e o março/24 cotado a US$ 13,57½ (- 1,42%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o janeiro acumula uma alta de 3,94% e o março de 3,71%.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa, exceto o dezembro que fechou em leve alta de US$ 0,10, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 2,80 a US$ 4,60, com o dezembro cotado a US$ 449,90 (+ 0,02%) e o janeiro/24 a US$ 436,20 (- 0,64%) a tonelada curta. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 4,74% e o janeiro/24 uma alta de 4,94%.
O óleo de soja fechou novamente em alta, com o dezembro registrando um ganho de 1%. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 0,04%.
O USDA divulgou o seu boletim mensal de oferta e demanda com números maiores para as safras de soja e milho dos EUA nesta quinta-feira (9).
“O relatório veio baixista para a soja e o milho. Destaque para o aumento da produtividade da safra dos EUA, resultando em produção e estoques acima do esperado pelo mercado”, indicou a Pátria Agronegócios. “Por outro lado, o quadro geral de demanda foi positivo, com manutenção das exportações dos EUA de soja, aumento da demanda interna da China e aumento da estimativa das exportações de milho dos EUA”.
USDA – Oferta e Demanda
USDA – Vendas
Exportadores reportaram ao USDA a venda de 1.706.500 toneladas de soja do ano comercial 2023/24, sendo 1.044.000 toneladas para a China e 662.500 toneladas para Destinos desconhecidos.
USDA – Relatório Semanal de Vendas
Soja – Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 1.080.200 toneladas de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de novembro.
O volume representa um aumento de 7% em relação ao da semana anterior, mas uma queda de 8% em relação à média das 4 semanas anteriores.
Os principais compradores na semana China (692.400 toneladas), México (230.600 toneladas), Espanha (137.600 toneladas), Alemanha (108.200 toneladas) e Holanda (84.500 toneladas), que compensaram o cancelamento feito por Destinos desconhecidos (452.200 toneladas).
Os embarques semanais do período totalizaram 2.237.200 toneladas, volume 12% maior do que o da semana anterior e 16% superior do da média das 4 semanas anteriores. Os principais destinos na semana foram China (1.588.100 toneladas), México (139.900 toneladas), Alemanha (108.200 toneladas), Holanda (84.900 toneladas) e Taiwan (80.300 toneladas).
Farelo – Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 193.500 toneladas de farelo de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de novembro.
Os principais compradores foram México (55.800 toneladas), Irlanda (35.100 toneladas), Marrocos (26.500 toneladas), Venezuela (25.200 toneladas) e Destinos desconhecidos (12.000 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por Honduras (7.000 toneladas), Colômbia (2.000 toneladas), Bélgica (1.200 toneladas), Equador (500 toneladas) e Omã (300 toneladas).
Da safra 2024/25 foram vendidas 193.500 toneladas.
Os embarques semanais totalizaram 264.000 toneladas. Os principais destinos foram Filipinas (51.200 toneladas), México (40.900 toneladas), Colômbia (31.700 toneladas), Irlanda (30.100 toneladas) e Marrocos (27.500 toneladas).
Óleo – Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 2.600 toneladas de óleo de soja da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de novembro.
Os principais compradores foram o México (2.400 toneladas) e Canadá (200 toneladas).
China
A China continua bastante ativa no mercado norte-americano e fez mais uma grande compra de soja nos EUA nesta quinta-feira (9) segundo dados divulgados pelo USDA em seu boletim diário.
Este foi o quarto anúncio da semana e as vendas americanas já totalizam 2.616 milhões de toneladas para a nação asiática e demais destinos.
“A Sinograin continua comprando cargos de soja nos EUA. Nesta madrugada os traders falam em mais dez cargos. Até agora, na minha contagem, a Sinograin já comprou perto de 60 cargos de soja americana para embarques de dezembro a fevereiro. Alguns colocam essas compras como risco Brasil “risco de quebra”, segundo o analista Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
O analista, todavia, acredita que possa também se tratar “apenas” de uma reposição de reservas depois “de um ano de poucas compras” para esta recomposição. “A quebra da Argentina e as compras menores de soja americana nos últimos meses são as razões principais”, indicou Vanin.
A safra de soja de 2023/24 da China será ligeiramente menor do que a prevista no mês passado, informou o Ministério da Agricultura na quinta-feira, depois que a seca no início da temporada de plantio afetou os rendimentos na importante área de cultivo do Nordeste.
A produção está estimada em 20.89 milhões de toneladas, 2,70% abaixo da previsão do mês passado, mas ainda assim representa um aumento de 600.000 toneladas em relação ao ano anterior, segundo o relatório mensal de órgão do governo (CASDE).
No entanto, de um modo geral, a qualidade da soja está significativamente melhor do que o normal e o teor de proteína está maior, informou o relatório, com um aumento na produção nas áreas do Norte e do Sul.
Milho fecha em baixa com a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 7,25 a 8 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,68 (- 1,68%) e o março/24 a US$ 4,82¾ (- 1,48%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 4,66½) registrou nova mínima contratual. Nas últimas cinco sessões o março acumula uma queda de 0,05%.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 10,25 a 11,50 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,80¾ (- 1,94%) e o março/24 a US$ 6,06¼ (- 1,66%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 5,03% e o março de 4,24%.
USDA – Oferta e Demanda
USDA – Relatório Semanal de Vendas
Milho – Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 1.015.300 toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 2 de novembro.
O volume representa um aumento de 36% em relação ao da semana anterior e de 4% em relação à média das 4 semanas anteriores.
Os principais compradores foram México (384.800 toneladas), Destinos desconhecidos (228.500 toneladas), Japão (162.900 toneladas), Coreia do Sul (65.800 toneladas) e Colômbia (57.900 toneladas) que compensaram os cancelamentos feitos pela República Dominicana (18.000 toneladas).
Da safra 2024/25 foram vendidas 140.000 toneladas para o México.
O volume das vendas ficou dentro das estimativas do mercado, que variavam entre 600.000 e 1.200.000 toneladas.
Os embarques semanais do período totalizaram 824.900 toneladas, representando um aumento de 63% em relação aos da semana anterior e de 42% em relação à média das 4 semanas anteriores. Os principais destinos na semana foram México (526.300 toneladas), Colômbia (109.900 toneladas), Canadá (91.100 toneladas), Honduras (48.800 toneladas) e Japão (21.100 toneladas).
Trigo – Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 354.300 toneladas de trigo da safra 2023/24 na semana encerrada em 2 de novembro.
O volume representa um aumento de 29% em relação ao da semana anterior, mas uma queda de 26% em relação à média das quatro semanas anteriores.
Os principais compradores foram Coreia do Sul (140.200 toneladas), Destinos desconhecidos (70.000 toneladas), Filipinas (60.400 toneladas), México (32.400 toneladas) e Japão (25.800 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos pelo Chile (1.100 toneladas) e Colômbia (100 toneladas).
O volume das vendas ficou dentro das estimativas do mercado, que variavam entre 250.000 e 500.000 toneladas.
Com esse volume, o total já vendido no ano comercial 2023/24 chega a 11.362.400 toneladas, abaixo do volume do mesmo período do ano comercial anterior, quando as vendas totalizavam 12.7 milhões de toneladas. O USDA estima que as exportações norte-americanas de milho no ano comercial totalizem 19.05 milhões de toneladas.
Os embarques semanais totalizaram 134.300 toneladas, representando um aumento de 34% em relação aos da semana anterior, mas uma queda de 44% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos do período foram Chile (42.900 toneladas), México (39.200 toneladas), Taiwan (32.700 toneladas), Trinidad e Tobago (9.100 toneladas) e Colômbia (6.900 toneladas).
Brasil
O banco holandês Rabobank divulgou hoje (9/11) a sua estimativa de um consumo recorde de milho no Brasil em 2024, de 85 milhões de toneladas contra 81 milhões de toneladas previstos para este ano. O volume, segundo a analista de grãos Marcela Marini, será puxado principalmente pelo aumento da capacidade instalada para processamento de etanol e pela antecipação das compras das indústrias do setor nesta temporada.
“Esse mercado tem um perfil bem característico e a gente entende que a estratégia deles vai ser de antecipar essa comercialização do milho até o 1º semestre de 2024”, indicou Marcela. Segundo ela, o ponto de alerta está na disponibilidade interna do grão no próximo ano, dada as previsões de redução na área plantada diante da recente queda dos preços, das margens, e do maior risco climático deste ano.
“Temos enfrentado desafios no plantio da soja, com excesso de chuvas em umas regiões e falta de chuva em outras. O impacto disso para o milho safrinha é que a gente entende que pode ter um atraso no plantio a partir de janeiro e fevereiro de 2024”, indicou a analista de grão do Rabobank. A estimativa do banco é de uma produção total 127 milhões de toneladas de milho no Brasil em 2023/24, queda de 7 milhões de toneladas em relação ao recorde registrado em 2022/2023.
Por Equipe SNA
