O dólar o último dia de julho próximo da estabilidade no Brasil, em uma sessão marcada pela disputa entre investidores comprados e vendidos na moeda norte-americana até o início da tarde e pela alta da divisa em relação a outras moedas fortes no exterior.
O dólar fechou o dia cotado a R$ 4,7300 para a venda, em leve baixa de 0,03%. Em julho, a moeda norte-americana acumulou uma desvalorização de 1,25%.
Na B3, às 17h23 (Horário de Brasília), o primeiro vencimento do contrato futuro do dólar estava em alta de 0,11%, cotado a R$ 4,7415.
A manhã foi marcada no mercado de câmbio brasileiro pela disputa pela formação da Ptax de fim de mês.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
Assim, a moeda registrou a mínima do dia a R$ 4,7140 (- 0,37%) às 9h18, com os vendidos pressionando as cotações. Ao longo da manhã, porém, os comprados impulsionaram os preços e o dólar à vista registrou a máxima do dia a R$ 4,7600 (+ 0,62%) às 12h00.
Com a Ptax definida no início da tarde, a R$ 4,7415 para a venda, a moeda norte-americana passou a oscilar mais livremente. No entanto, ela se manteve muito próxima da estabilidade na maior parte do tempo, apesar dos estímulos vindos do exterior.
No mercado internacional, o Dólar Índice estava em leve alta e registrava movimentos mistos em relação a moedas de países ligados a commodities ou emergentes.
“Hoje (segunda-feira) seria um dia de dólar mais para baixo, mas a formação da Ptax deu uma contaminada nos negócios. Os comprados quiseram puxar as cotações nas janelas (de coleta do valor da Ptax)”, disse Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.
À espera da decisão de política monetária do Banco Central, marcada para a próxima quarta-feira, os investidores também demonstram cautela. Na curva de juros nesta segunda-feira, subiram as expectativas de que o BC reduzirá a taxa básica Selic, hoje em 13,75% ao ano, em 0,50%. Este movimento, no entanto, não teve efeitos maiores no mercado de câmbio.
Às 17h23 (Horário de Brasília), o Dólar Índice estava em alta de 0,29%, cotado aos 101.900 pontos.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para a rolagem do vencimento de setembro.
