Aplicada ao alojamento interno mensal dos pintos de corte (APINCO) uma viabilidade de 96% e abate aos 42 dias de idade, o resultado para o primeiro semestre de 2023 é um volume aparente de frangos prontos para o abate da ordem de 3,317 bilhões de cabeças, pouco mais de 3% acima do registrado no mesmo semestre do ano passado, mas quase 1,5% abaixo do observado no semestre anterior.
Esta queda, porém, não se resume ao segundo semestre de 2022. Aplica-se, também, ao segundo semestre de 2020, ocasião em que a oferta aparente girou em torno dos 3,345 bilhões de cabeças, o segundo maior volume semestral da história do setor.
Oportuno observar que, confrontados os atuais resultados com os números trimestrais divulgados pelo IBGE relativos aos abates inspecionados, constata-se correspondência de 91%-92% com os volumes ora estabelecidos a partir dos dados da APINCO. Isto sugere que menos de 10% da produção brasileira de carne de frango se encontra sem inspeção (provavelmente, pequenas criações, criações caseiras e de subsistência).
A única exceção observada nos seis semestres do triênio 2020/2022 ocorreu no segundo semestre de 2021, período em relação ao qual o IBGE apontou abate de, aproximadamente, 3,050 bilhões de cabeças , ou seja, quase 98% do resultado obtido a partir dos levantamentos da APINCO.
Como o número de cabeças prontas para o abate daquele período foi o menor dos sete semestres enfocados (volume quase 5% inferior à média dos outros seis semestres), a produção efetiva de pintos de corte daquele período pode ter sido maior que a apontada.