Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em novamente em alta, com exceção do agosto que fechou em baixa de 4,50 centavos. Os principais vencimentos registraram ganhos de 0,75 a 1 centavo, com o agosto/23 cotado a US$ 14,80¼ (- 0,30%) e o novembro/23 a US$ 13,70¾ (+ 0,07%) o bushel.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 1,10 a US$ 1,50, com o agosto cotado a US$ 423,80 (+ 0,36%) e o dezembro a US$ 401,00 (+ 0,28%), a tonelada curta.
O óleo de soja fechou em baixa, com o dezembro registrando uma queda de 0,83%.
“A sessão de hoje foi extremamente volátil, com o mercado à espera de mais dados das condições climáticas nos EUA”, indicou a Pátria Agronegócios.
A soja fechou em leve alta, com o movimento de realização de lucros, que fez com que se recuperasse da forte queda registradas na quarta-feira. O farelo também fechou em alta e o óleo fechou em baixa. Para o óleo, pesaram as quedas do petróleo.
Para o milho e o trigo, pesaram as questões ligadas ao futuro do acordo do Mar Negro, bastante ameaçado neste momento próximo da sua data de vencimento no dia 17 de julho.
Na noite de ontem, o Presidente russo Vladimir Putin afirmou que não deve concordar com a renovação do acordo, uma vez que as demandas russas não têm sido atendidas. A ONU e a Comissão Europeia têm corrido para tentar manter o acordo, e a Turquia segue como principal articuladora destas discussões.
“Até que uma decisão seja realmente consolidade, devemos ver muita volatilidade sobre os preços”, indicou a equipe da Agrinvest Commodities.
As expectativas agora são de que os próximos relatórios do USDA tragam uma redução na produção e produtividade dos Estados Unidos da safra 2023/24, uma vez que as condições climáticas não foram favoráveis para as lavouras em maio e junho, e para julho as previsões também não são boas.
Os mapas atualizados mostram que as próximas semanas deverão ser de temperaturas elevadas, em algumas regiões ficando acima da média, e chuvas insuficientes, o que pode ser ainda mais grave para as lavouras já fragilizadas e entrando em um estágio crítico de desenvolvimento.
Índia
As importações de óleo de palma pela Índia aumentaram 56% para o maior nível em três meses em junho, com os compradores aproveitando a queda dos preços para aumentar as compras, disse trader nesta sexta-feira.
As importações da Índia aumentaram para 683.133 toneladas em junho, contra 439.173 toneladas em maio, após os preços caírem para o nível mais baixo em 28 meses, informou a Associação de Extratores de Solventes da Índia (SEA), com sede em Mumbai, em um comunicado.
Uma recuperação nas compras do maior importador de óleo vegetal do mundo apoiaria os futuros de óleo de palma da Malásia e ajudaria os principais produtores Indonésia e Malásia a reduzir os estoques.
As importações em maio tinham sido as menores desde fevereiro de 2021, já que o óleo palma foi negociado com prêmio em relação ao óleo de soja e ao óleo de girassol nos meses anteriores, levando os compradores a mudar para os óleos leves mais baratos.
“Mas, nas últimas semanas, o óleo de palma voltou a ser novamente competitivo e começou a ser negociado com desconto em relação ao óleo de soja, o que trouxe de volta os compradores”, disse um trader de Nova Délhi.
Os compradores asiáticos sensíveis ao preço geralmente confiam no óleo de palma por causa do baixo custo e dos prazos de envio rápidos.
As importações de óleo de soja em junho aumentaram cerca de 37%, para 437.658 toneladas, enquanto as do óleo de girassol caíram 35%, para 190.785 toneladas, informou a SEA.
As importações totais de óleo vegetal do país aumentaram cerca de 24%, para 1.3 milhão de toneladas, informou.
A Índia compra óleo de palma principalmente da Indonésia, Malásia e Tailândia, enquanto importa óleo de soja e óleo de girassol da Argentina, Brasil, Rússia e Ucrânia.
As importações de óleo de palma em julho podem superar 700.000 toneladas, já que seu desconto para o óleo de soja rival está aumentando, disse o trader.
Brasil – Safra 2023/24
A safra de soja do Brasil em 2023/2024 deve registrar um novo recorde de 163.2 milhões de toneladas, aumento de 4,50% na comparação com a safra 2022/23, informou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, em sua primeira estimativa para a temporada.
O aumento da produção aconteceria com um crescimento da área plantada em 2023/24 para 45.6 milhões de hectares, também novo recorde, que superaria o registrado no ciclo anterior, segundo a Safras.
O plantio em 1203/24 deve começar em meados de setembro no Brasil, a depender da chegada das chuvas.
Milho fecha em alta, com o mercado focado na renovação do acordo do Mar Negro
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 13 a 13,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 5,06½ (+ 2,63%) e o dezembro/23 a US$ 5,13¾ (+ 2,65%) o bushel. O setembro na máxima do dia (US$ 508½), registrou a maior cotação desde 30 de junho e o dezembro na máxima do dia (US$ 5,15¾) também registrou a maior cotação desde 30 de junho.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 21,25 a 21,75 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,61½ (+ 3,40%) e o dezembro/23 a US$ 6,80¾ (+ 3,22%) o bushel.