94 mil hectares de soja precisaram de replantio em Mato Grosso

A instabilidade climática no início da safra de soja em Mato Grosso deixou muitos agricultores apreensivos. A falta de chuvas regulares inibiu o começo da semeadura e, entre os que arriscaram, houve replantio. Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 94.750 hectares, ou 1% da área total no estado, teve de ser replantada.

Em boletim divulgado esta semana, o Imea informa que as regiões mais afetadas foram no médio-norte e nordeste. O impacto climático se deu principalmente nas áreas que foram semeadas logo após o fim do vazio sanitário.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, o dado fornecido pelo instituto está dentro do aceitável. “Apesar da cautela dos produtores no início da semeadura, tivemos muita instabilidade e atraso em todas as regiões. Agora é aguardar as condições climáticas para os próximos meses para definir a safra”, disse.

Em Campo Verde, região sul de Mato Grosso, a produtora rural Leila Rugeri teve de replantar 5% da área da propriedade. “Estávamos com o calendário planejado para a lavoura de soja e, na sequência, iríamos fazer a segunda safra de milho e algodão. Havia chovido um pouco e esperamos que as precipitações se regularizassem, o que não ocorreu”.

Naquela propriedade, Leila utilizou sementes próprias e o impacto não foi tão negativo em termos de custos. “A maior dificuldade foi realmente remanejar todo o calendário operacional, pois tivemos de trocar áreas onde plantaríamos algodão, por exemplo, e usar variedades de ciclo mais curto”, explicou a produtora.

O plantio de soja já terminou em 96,06% do total da área estimada em Mato Grosso, segundo o Imea.

 

Fonte: 24 horas news

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