Nada menos que 110 vencedores do Prêmio Nobel se uniram para pedir o fim da intolerância contra a biotecnologia.
Em evento realizado nesta quinta-feira (30/06) em Washington (EUA), eles assinaram e publicaram documento criticando posições extremistas e pedindo que grupos como o Greenpeace pare de atacar o uso de organismos geneticamente modificados (OGM), especialmente o “arroz dourado”.
No manifesto intitulado “Support Precision Agriculture” os signatários pedem que os ativistas anti-transgênicos “reexaminem a experiência de agricultores e consumidores em todo o mundo com lavouras e alimentos modificados por meio da biotecnologia, reconheçam os pareceres da comunidade científica e das agências reguladoras e abandonem a campanha contra os OGM em geral, principalmente contra o arroz dourado”.
“Nós somos pesquisadores, entendemos a lógica da ciência. É fácil perceber que o Greenpeace faz algo danoso e anticientífico ao assustar as pessoas”, afirmou em entrevista ao Jornal Washington Post Richard Roberts, um dos organizadores do movimento, que é diretor científico da New England Biolabs.
O manifesto, que é endereçado também à Organização das Nações Unidas (ONU) e aos governos de todo o mundo, reforça que a comunidade científica e agências reguladoras têm reconhecido repetidamente que os alimentos melhorados pela biotecnologia são tão seguros quanto os desenvolvidos por meios convencionais.
Diretora executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) e Ph.D em Ciências Biológicas, Adriana Brondani apoiou a iniciativa: “Ao longo de 20 anos de adoção e consumo global de transgênicos, período em que esses produtos foram rigorosamente testados, jamais houve registro de qualquer prejuízo que esses alimentos tenham causado à saúde humana, animal ou ao meio ambiente”.
Fonte: Agrolink