Glencore quer expandir negócio de agricultura

A mineradora e trading de commodities Glencore quer expandir seu negócio de agricultura por meio de sua parceria com dois fundos canadenses, disse na quarta-feira (24) o CEO da companhia, Ivan Glasenberg . “Mas a empresa não tem planos para entrar em nenhuma commodity que já não esteja em seus negócios”, acrescentou o dirigente.

As declarações de Glasenberg foram feitas um dia após a trading de grãos Bunge dizer que não está em negociações com a Glencore. Por sua vez, a Glencore admitiu que fez uma proposta informal para discutir uma “possível combinação consensual dos negócios”. “A agricultura sempre foi nossa estratégia”, afirmou Glasenberg aos acionistas em uma assembleia em Cham, na Suíça, onde está situada a sede da Glencore.

A empresa, que se tornou uma grande negociadora internacional de grãos após a aquisição da canadense Viterra em 2012, vendeu 50% de seu negócio de agricultura em 2016 para dois fundos de investimento canadenses, o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o British Columbia Investment Management Corp (bcIMB).

O desinvestimento aconteceu quando a Glencore buscava fortalecer seu balanço após uma derrocada nos preços das commodities em 2015. Desde então, agências de crédito elevaram as notas da empresa e analistas dizem que seu balanço agora é forte.

Glasenberg disse que espera expandir o negócio de agricultura por meio do veículo Glencore Agriculture, criado junto aos fundos canadenses. “Essa estrutura vai ser usada para continuar a expansão de nosso negócio de agricultura”, disse ele. “Esperamos que ela fique maior no futuro.”

O CEO declarou que, em geral, a preferência será para ampliar os negócios por meio de aquisições, e não novos projetos, que no setor de mineração podem ser muito custosos. Glasenberg disse ainda que as conversas com a Bunge podem não resultar em nenhum negócio, porém não comentou outros ativos que poderiam interessar caso a transação não for concluída.

 

Fonte: Reuters

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