As vendas de defensivos agrícolas somaram US$ 2,7 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal). O resultado representa uma forte queda de 25% em relação ao mesmo período de 2014.
De acordo com o Sindiveg, os diversos os motivos para a baixa. Primeiro, houve temperaturas mais altas e secas prolongadas, o que diminuiu o nível de infestação de pragas nas lavouras. Em segundo lugar veio a desvalorização histórica do Real frente ao Dólar, o que desestimulou a importação de produtos. Uma terceira razão para a queda nas vendas de agroquímicos foi o grande estoque que tanto os produtores como os distribuidores brasileiros já possuíam.
“Como teve infestação mais baixa que o esperado na última safra, os agricultores estão estocados, principalmente de herbicidas e inseticidas […] Sem a necessidade de aplicar defensivos agrícolas no campo, o produtor rural costuma não investir em tecnologia e os canais de distribuição não precisam reabastecer seus estabelecimentos comerciais”, explicou a vice-presidente-executiva do Sindiveg, Silvia de Toledo Fagnani.
Silvia citou ainda um quarto fator: a dificuldade de acesso ao financiamento, “o que tem levado o agricultor a esperar o momento mais adequado para efetuar suas compras”. “O crédito, que ainda tem chegado de forma lenta ao mercado, e a questão de o produtor estar se adequando aos preços da soja, mais baixos se comparados aos valores de 2014, também afetaram o setor de defensivos agrícolas”, afirma ela.
Com a performance do setor até agora, o Sindiveg projeta um “ano flat”, com “crescimento modesto, até porque 2015 será marcado pelos ajustes da indústria, em um ano de crise econômica”.
Fonte: Agrolink