A crise andou passando longe das granjas brasileiras e o País exportou, de janeiro a novembro de 2016, 585.600 toneladas de carne suína, 34,6% a mais do que as 435.000 toneladas no mesmo período do ano passado.
O resultado de “peso” fez diferença também na Balança Comercial, em dólares. A receita das vendas externas no acumulado de 2016 está em US$ 1.251 bilhão, superando em 14,2% o saldo do ano anterior de US 1.096 bilhão. Somente em novembro, as exportações renderam US$ 152.8 milhões, desempenho 25,3% maior que os US$ 121.9 milhões do ano anterior.
“Um dos grandes destaques deste mês foi a Rússia, a principal importadora de carne suína brasileira. Este é o período em que o Leste Europeu intensifica suas compras, adiantando importações para evitar os problemas logísticos causados pelo duro inverno na região”, disse Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente técnico da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Frango
Já para o frango, o ano não tem sido dos melhores. O volume exportado aumentou em 3% no acumulado do ano, chegando a 4.022 milhões de toneladas, mas as receitas caíram 4,4%. Ao todo, as vendas internacionais ficaram em US$ 6.567 bilhões. No ano passado, de janeiro a novembro, estavam em US$ 6.567 bilhões.
Além da dificuldade em receita, o volume exportado vem desaquecendo nos últimos meses. Em novembro, a queda foi de 15,5%. “A retração dos volumes embarcados nos últimos dois meses tem, entre outras causas, a desaceleração da produção brasileira, decorrentes da crise de insumos vivida em 2016. Com a menor escala, as agroindústrias brasileiras estão equilibrando a oferta para o mercado interno e externo”, disse Francisco Turra, presidente da ABPA.
“Em novembro também vimos ocorrer um movimento semelhante ao de outubro, especialmente na Ásia, em virtude de adequações de mercado e da suspensão da habilitação de cinco plantas que exportavam para a China”, disse Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.
Fonte: Gazeta do Povo