As cotações do suíno vivo no mercado independente tiveram uma semana positiva nesta segunda quinzena de janeiro. O aumento da procura por animais dos últimos dias foi o principal fator de alta.
Apesar do desempenho ruim das vendas no varejo, cenário típico da segunda quinzena do mês, quando normalmente o poder de compra do consumidor está menor, os estoques enxutos contribuíram para este cenário de alta.
O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou valorização em quatro praças. A maior alta ocorreu em Santa Catarina, com avanço de 5,41%, sendo cotado a R$ 3,90/kg. Seguido de São Paulo com crescimento de 3,85% e preço em R$ 4,32/kg.
Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, a procura por suínos é grande em todas as regiões do Estado, uma vez que o peso dos animais está baixo, retraindo a oferta de animais ao mercado.
A tendência é que o mercado permaneça positivo, já que as exportações estão em ascensão e há demanda no mercado interno. “O mercado deu uma alavancada, principalmente para os três estados do Sul. Eu acredito que o custo de produção deve baixar mais 10%”, disse o produtor Odanir Farinella, em depoimento a ACCS.
Em São Paulo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) anunciou nesta sexta-feira (27) a venda de 440 suínos em Brotas ao preço de R$ 4,59/kg para entrega na próxima terça e quarta-feira. E mais 700 animais em Holambra, para entrega também na próxima semana a cotação de R$ 4,53/Kg.
No atacado, o cenário é semelhante. A carcaça especial tem sido negociada a R$6,00/kg, alta de 1,7% no período.
Entretanto, a Scot Consultoria ressalta que apesar da recente alta, desde o início do mês as desvalorizações acumuladas nas granjas e no atacado foram de 9,3% e 11,8%, respectivamente.
Além disso, segundo pesquisadores do CEPEA, apesar das quedas em janeiro, os preços médios do suíno vivo na parcial do mês superam os de um ano atrás, em termos reais (IPCA de dez/16).
“Nos próximos dias, não são descartadas mais altas, já que a entrada do mês e os recebimentos dos salários podem colaborar para melhora das compras. Mas não são esperadas valorizações expressivas”, disse a Consultoria.
Fonte: Notícias Agrícolas