Soja: Óleo de soja se valoriza mais de 15% no mercado externo; prêmios caem no Brasil

A forte alta externa pressionou os prêmios de exportação do óleo de soja no Brasil – Foto: Canva

Soja

Os preços externos do óleo de soja subiram expressivamente na última semana, com o vencimento julho na Bolsa de Chicago registrando uma alta de mais de 15%. Na sexta-feira, 20, o vencimento registrou uma nova máxima contratual.
Segundo pesquisadores do CEPEA, o impulso veio de expectativas de uma maior demanda pelo derivado para a produção de biodiesel nos Estados Unidos, já que a recente proposta da Agência Nacional de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) prevê um aumento na mistura do biodiesel ao óleo diesel nos próximos dois anos (2026 e 2027), e o óleo de soja é a principal matéria-prima do biocombustível.
Além disso, o conflito no Oriente Médio tende a impactar na oferta e no preço do petróleo, contexto que reforçou o movimento de alta nas cotações do óleo de soja, segundo o CEPEA. A forte alta externa pressionou os prêmios de exportação do óleo de soja no Brasil, segundo levantamentos do CEPEA. Pesa ainda o fato de que a demanda brasileira por óleo está baixa, devido à menor procura pelo setor de biocombustível no País.

Milho

As cotações do milho seguem em queda no Brasil, refletindo sobretudo a pressão exercida pelos compradores, indicam levantamentos do CEPEA. Também justificam o movimento de queda a perspectiva de oferta elevada nas próximas semanas, as limitações na capacidade de armazenamento, além das desvalorizações externa e do dólar, que reduzem a paridade de exportação, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Atualmente, a segunda safra de milho é estimada pela Conab em 101 milhões de toneladas, 12% superior à anterior e a segunda maior da série história da Conab. Assim, segundo o CEPEA, as quedas mais expressivas nos preços são registradas em regiões produtoras em que vendedores estão mais flexíveis neste início da colheita.
Fonte: CEPEA
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