Soja fecha em baixa de mais de 1%, com movimento de realização de lucros e previsão de chuvas no Brasil

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, após três sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 11,75 a 12,25 centavos. O novembro/20 fechou cotado a US$ 10,50 e o janeiro/21 a US$ 10,50¼ o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT também fecharam em baixa, após três sessões consecutivas de alta, com o dezembro na máxima do dia (US$ 374,90) registrando uma nova máxima contratual. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 4,60 a 4,80. O dezembro/20 fechou cotado a US$ 367,50 e o janeiro/21 a US$ 362,10 a tonelada curta.

O mercado fechou em baixa em meio a um movimento de realização de lucros, que já vinha sendo esperado por analistas e consultores de mercado, depois das últimas e consideráveis altas.

“Claro que com níveis de preços em Chicago no melhor patamar dos últimos anos, sempre há risco de momentos de realização de lucros, principalmente em véspera de final de semana”, disse Steve Cachia, consultor da TradeHelp e da Cerealpar.

E a queda ocorreu mesmo com o anúncio de novas vendas de soja nos EUA de mais de 390.000 toneladas para destinos não revelados (China?) e de vendas semanais dos EUA para exportação acima do esperado pelo mercado, com volume superior a 2.6 milhões de toneladas.

“A demanda forte e o risco do La Niña para a safra da América do Sul são os principais fatores oferecendo suporte no momento”, explica Cachia. “Os fundamentos do mercado de grãos seguem altistas”, disse.

No entanto, as previsões sinalizando uma melhora das condições climáticas no Brasil, acabou sendo o fiel da balança e trouxe alguma pressão para as cotações na CBOT. “Áreas na América do Sul receberam ou irão receber logo alguma umidade. Ainda assim, os traders estão tensos frente ao La Niña e aos impactos negativos que o fenômeno pode causar na safra sul-americana”, disse Bob Linneman, da Kluis Advisors, ao portal Successful Farming.

Vendas EUA       

O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 391.150 toneladas de soja da safra 2020/21 para destinos não conhecidos.

USDA – Relatório Semanal de Vendas    

Exportadores dos Estados Unidos venderam 2.631.000 toneladas de soja da safra 2020/21, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 8 de outubro, informou o USDA. O volume é 74% menor do que o da semana passada, mas 18% acima da média das quatro semanas anteriores.

Na semana, os principais compradores foram a China (1.592.000 toneladas), México (210.400 toneladas), Alemanha (115.700 toneladas), Indonésia (110.800 toneladas) e Tailândia (101.200 toneladas), que compensaram o cancelamento feito por destinos não revelados (37.700 toneladas).

O volume ficou, pela segunda semana consecutiva, acima das estimativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que variavam entre 1.5 milhão e 2.2 milhões de toneladas.

No ano comercial 2020/21, os EUA já venderam impressionantes 43.235.300 toneladas de soja, contra pouco mais de 14.780.000 toneladas no mesmo período do ano comercial anterior, um aumento de 142% na comparação anual.

Milho fecha em baixa, com movimento de realização de lucros  

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa, após três sessões consecutivas de alta, com o dezembro na máxima dia (US$ 4,09) registrando a maior cotação desde 25 de outubro de 2019. Os principais vencimentos registraram quedas de 1 a 1,75 centavos. O dezembro/20 fechou cotado a US$ 4,02 e o março/21 a US$ 4,07 o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva, com o dezembro na máxima do dia (US$ 6,30¾) registrando nova máxima contratual. Os principais vencimentos registraram ganhos de 4 a 7 centavos. O dezembro/20 fechou cotado a US$ 6,25¼ e o março/21 fechou cotado a US$ 6,23½ o bushel.

Vendas EUA  

O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 128.000 toneladas de milho da safra 2020/21 para o México.

USDA – Relatório Semanal de Vendas 

Milho – Exportadores dos Estados Unidos venderam 655.200 toneladas de milho da safra 2020/21, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 8 de outubro, informou o USDA. O volume é 47% menor do que o da semana anterior e 63% em relação à média das últimas quatro semanas.

Os principais compradores foram México (203.800 toneladas), Colômbia (184.200 toneladas), Japão (175.800 toneladas), China (140.700 toneladas) e Costa Rica (47.800 toneladas) que compensaram cancelamentos de destinos não revelados (152.100 toneladas) e Coreia do Sul (7.700 toneladas).

O volume ficou dentro das estimativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que variavam entre 600.000 e 1.4 milhão de toneladas.

Os EUA já venderam 26.503.000 toneladas, contra pouco mais de 10 milhões de toneladas no ano comercial anterior, neste mesmo período.

Trigo – Exportadores dos Estados Unidos venderam 528.500 toneladas de trigo da safra 2020/21, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 8 de outubro, informou o USDA. O volume é praticamente o mesmo da semana passada, mas é 23% superior à média das quatro semanas anteriores.

Na semana, os principais compradores foram México (229.000 toneladas), Japão (62.200 toneladas), China (57.400 toneladas), Tailândia (55.000 toneladas) e destinos não revelados (47.500 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por Filipinas (28.400 toneladas) e Brasil (1.700 toneladas).

Da safra 2021/2022, foram vendidas 71.200 toneladas, para o Brasil (60.000 toneladas) e México (11.200 toneladas).

O volume das duas safras na semana ficou dentro, porém próximo ao teto, das estimativas feitas por analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que variavam entre 200.000 e 600.000 toneladas.

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