Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) começam a mostrar uma ligeira recuperação nas últimas sessões.
Os principais vencimentos fecharam hoje em alta de 6,25 a 8,50 centavos. Com o novembro/17 cotado a US$ 9,46 ½ e o janeiro/18 a US$ 9,55 ¼ o bushel.
Para Jack Scoville, analista da Price Futures Group, este é um indicativo de que os Estados Unidos terão uma produção grande, mas não tão grande quanto a estimada pelo USDA, de 119 milhões de toneladas.
Ele disse que algumas regiões, como Minnessota, vem apresentando uma soja muito abaixo da possibilidade de grandes rendimentos, o que pode levar o USDA a diminuir suas estimativas em setembro e outubro. A redução de produtividade deve ocorrer também para o milho.
A demanda está crescendo e os compradores finais vêm entrando no mercado nos atuais patamares de preço. Com relação a questão climática, há um tempo fresco no Cinturão norte-americano e uma tempestade forte passando pelo Texas nesta tarde, que deve trazer um volume de chuva elevado e afetar de alguma maneira a produtividade nesta região e também nos estados de Louisiana e Mississipi.
Scoville acredita que é possível a continuação no movimento de alta, com uma recuperação do vencimento novembro para US$9,70 a US$9,75/bushel. Os atuais níveis de preço não cobrem os custos dos produtores, que aguardam por uma reação maior para retornarem às vendas.
A Price Futures Group também realizou um Crop Tour no qual foram encontrados resultados similares aos apontados pelas viagens que ocorrem nesta semana. Há uma safra irregular nos Estados Unidos que não deve chegar ao número estimado pelo USDA, mas que pode se estabelecer em 116 milhões de toneladas.
As vendas semanais da soja da safra 2016/17 foram negativas em 200.300 toneladas, já que os cancelamentos superaram as vendas.
O acumulado do ano comercial está em 60.71 milhões de toneladas. Em igual período de 2016, o total estava em 52.74 milhões de toneladas. Da safra 2017/18, as vendas da oleaginosa foram de 701.600 toneladas, 6% abaixo do registrado na semana anterior.
Milho
Por sua vez, os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam próximos da estabilidade. O setembro fechou estável, cotado a US$ 3,42 e o dezembro em leve alta de 0,50 centavos, cotado a US$ 3,56 ¼ o bushel.
As vendas semanais do milho da safra 2016/17 foram de 62.500 toneladas, um aumento de 20% na comparação com a semana anterior. O total acumulado no ano comercial é de 56.57 milhões de toneladas. O volume está acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 49.86 milhões de toneladas.
No caso da safra nova, as vendas do cereal totalizaram 698.500 toneladas. O volume foi 28% acima do registrado na semana anterior.
Mercado Físico
À espera dos compradores internacionais, já que ainda há muito milho para ser comercializado, os vendedores saíram dos mercados, tanto quanto os compradores locais que também só buscam atender as necessidades de curtíssimo prazo. Indústrias e granjas de peso estão estocadas ou em ritmo lento de negócios, como a de rações.
Assim, mais um dia de mercado parado nas principais praças. Em Sorriso a saca até esboçou uma pequena alta, saindo de R$ 10,40 para R$ 10,50.
Mas foi a única cidade do Mato Grosso onde o preço se mexeu.
No Paraná, tudo igual a ontem, que já vinha igual desde a segunda-feira. Em Cascavel, por exemplo, a saca se manteve a R$ 17,50.