
Soja
Levantamentos do CEPEA mostram que os preços domésticos da soja seguiram firmes na última semana, sustentados pela maior demanda, sobretudo externa. A liquidez no mercado spot nacional, porém, continua baixa.
Segundo o CEPEA, agentes nacionais estão atentos à possibilidade de um acordo comercial entre China e Estados Unidos. Em maio, o Brasil exportou 14.09 milhões de toneladas da oleaginosa, 4,90% a mais que o volume embarcado há um ano, mas 7,70% abaixo do exportado em abril, segundo dados da Secex analisados pelo CEPEA. Na parcial de 2025 (até maio), os embarques registravam um volume recorde de 51.52 milhões de toneladas de soja, 2,70% acima do vendido no mesmo período de 2024.
Para o 2º semestre, pesquisadores do CEPEA indicam que produtores mostram interesse em negociar a oleaginosa, estimulados pelo maior prêmio de exportação em detrimento do mercado spot e, consequentemente, pela paridade de exportação mais atraente.
Milho
Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem ocorrendo desde meados de abril, indicam levantamentos do CEPEA. Segundo o CEPEA, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem.
A Conab estima uma produção de 99.8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior. Além disso, pesquisadores do CEPEA explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas.
Quanto as exportações brasileiras do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior foi de 39.920 toneladas, bem abaixo das 413.000 toneladas exportadas em maio/24, segundo dados da Secex analisados pelo CEPEA.