
Soja
Os preços da soja no mercado interno subiram na última semana, indicam levantamentos do CEPEA. O impulso veio sobretudo da retração de produtores para vendas envolvendo grandes volumes. Segundo o CEPEA, os sojicultores estão atentos à valorização do dólar (o que torna a commodity brasileira mais atraente em detrimento da norte-americana); à maior demanda externa e às novas tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos à China, que entram em vigor em novembro e que podem ampliar ainda mais as vendas do Brasil para o país asiático. No entanto, pesquisadores explicam que esse cenário pressionou as cotações da soja nos EUA e, por sua vez, as desvalorizações externas limitaram as altas no mercado brasileiro.
Quanto à safra brasileira 2025/26, dados da Conab indicam um aumento de área em 3,60% em relação a da safra anterior, para um recorde de 49.07 milhões de hectares, o que se deve, principalmente, à substituição do cultivo de arroz por soja. A produção está estimada em 177.6 milhões de toneladas.
Milho
Levantamento do CEPEA mostra que os preços do milho no interior brasileiro se mantêm firmes. O suporte vem sobretudo da retração de produtores, que seguem focados no plantio da safra verão 2025/26. Nos portos, segundo o CEPEA, os preços do cereal subiram, refletindo as valorizações do dólar e do mercado internacional.
Pesquisadores destacam que o aumento nos preços nos Portos tende a impulsionar também as cotações no interior do País, na medida em que esse contexto eleva a paridade de exportação. No campo, o plantio da safra 2025/26 está adiantado na maior parte das regiões produtoras, atingindo até o dia 11 de outubro, 31,20% da área estimada, avanço semanal de 2,10% e acima dos 30,70% da média dos últimos cinco anos, segundo a Conab. Relatório divulgado nesta semana pela Conab estima que a produção agregada de milho para 2025/26 pode ser de 138.6 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 1,80% em relação ao volume de 2024/25.






