Durante o painel “Viabilidade Econômica, Social e Ambiental do Sistema Agroalimentar”, no Congresso de Agribusiness, o diretor executivo da Andef, Eduardo Daher, traçou um panorama do cenário logístico brasileiro na atualidade e apontou, como soluções para os gargalos no setor, a expansão do crédito rural, o investimento em infraestrutura e a melhoria de políticas públicas.
Na sequência, o diretor do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Luis Madi, mostrou que o aumento da demanda mundial por alimentos será impulsionado, principalmente, pelos países em desenvolvimento, movimento que dará ao Brasil a oportunidade de se destacar, não apenas como exportador de commodities, mas também de alimentos processados, de maior valor agregado. Segundo o diretor, 69% da população em 2050 viverá nas cidades.
Madi falou sobre a importância de serem desenhados caminhos para o desenvolvimento da agroindústria nacional. Ele citou exemplos bem-sucedidos da agroindústria no mundo e lembrou algumas iniciativas brasileiras de incentivo, como o programa Brasil Maior, que prevê, entre outros pontos, o apoio à modernização e reestruturação industrial, apoio à promoção da capacitação e apoio à inserção internacional de empresas.
O painel foi encerrado por Mauro Rezende Lopes, coordenador de Projetos do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getúlio Vargas. Ele mostrou um estudo, realizado a partir de entrevistas com duas cooperativas e duas grandes indústrias de alimentos, que permitiu destacar as novas estratégias de concorrência no setor de alimentos e bebidas. Entre elas, estão o desenvolvimento de produtos personalizados, ações para evitar o nomadismo e para manter um relacionamento duradouro com o cliente.
Equipe SNA/RJ
