A quinta e última Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) de laranja 2016/2017 no parque comercial citrícola de São Paulo e Minas Gerais, divulgada hoje, apontou uma produção de 245.31 milhões de caixas (40,8 kg). O número previsto para a produção é 0,45% maior que os dois últimos levantamentos, de fevereiro deste ano e de dezembro de 2016 (com 244.2 milhões de caixas em ambos os períodos), e mostra queda de 18,4% sobre as 300.65 milhões de caixas de laranja produzidas em 2015/2016.
A safra é a menor desde as 214 milhões de caixas de 1988/1989. No segundo levantamento, em setembro de 2016, a produção foi de 249.04 milhões de caixas, e a previsão inicial, em maio do ano passado, de 245.75 milhões de caixas. Em 10 de maio está prevista a primeira PES da safra 2017/2018, que começa oficialmente em julho.
O levantamento é feito pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em parceria com a Markestrat, a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto e o Departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal.
Segundo os pesquisadores, a chuva contribuiu para a safra não ser ainda menor. A precipitação entre maio de 2016 e março deste ano somou 1.376 milímetros, em média, nas regiões produtoras, e superou a expectativa de 1.330 milímetros para o acumulado até abril 2017. Embora a variação no volume tenha sido pequena, a distribuição das chuvas foi diferente da prevista.
O desvio mais significativo, que contribuiu para o crescimento dos frutos, foi observado nos meses de maio a agosto de 2016, quando choveu praticamente o dobro do previsto para o período. O maior tamanho do fruto fez com que a quantidade necessária de laranjas para atingir o peso de 40,8 quilos por caixa diminuísse durante as estimativas de safra. Devido a esse ganho de peso, para se compor uma caixa foram necessários 222 frutos na última estimativa, em comparação aos 248 frutos na previsão inicial.
Fonte: Estadão/Globo Rural