Beneficiada pelo clima, a cultura da soja passa rapidamente para a maturação, com 53% das lavouras em enchimento de grãos, 27% maduras e por colher e 15% da área já colhida. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as fortes chuvas acompanhadas de ventos provocaram o acamamento da cultura, em especial das variedades mais altas e tardias. Pelo estádio da cultura, há baixa probabilidade de danos. A produtividade apresentada está acima da média dos últimos anos. O número de vagens por planta é superior a 50, atingindo facilmente 70 vagens, além disso, as doenças fúngicas estão muito bem controladas.
No milho, a colheita, que atinge 57% das lavouras, transcorre dentro da normalidade, não sendo mais ágil por causa da soja que tem a preferência dos produtores neste momento. O milho de segunda safra (safrinha) vem apresentando ótimo desenvolvimento vegetativo, sendo que em algumas lavouras se observa o início do período reprodutivo, com boas perspectivas de produtividade. Muitos silos e armazéns buscam o escoamento do milho colhido a fim de dar lugar para a soja. Atualmente, 21% das lavouras de milho estão maduras e por colher, 20% em enchimento de grãos, 2% floração e 1% em desenvolvimento vegetativo.
A cultura de feijão da safrinha está com cerca de 85% da área plantada (sobre uma estimativa de área total de 19.926 ha), apresentando desenvolvimento vegetativo normal, favorecido pelas condições climáticas dos últimos períodos. Lavouras semeadas no cedo já estão em floração, e em algumas poucas inicia a fase de enchimento de grãos. A produtividade esperada inicialmente é de 1.369 kg/ha, mas o potencial produtivo do momento é bem maior, podendo chegar próximo ao rendimento da primeira safra, que foi de 1.753 kg/ha.
Segue a colheita do arroz, que alcança 20% do total plantado nesta safra. Os rendimentos neste primeiro momento superam as estimativas divulgadas recentemente, com casos que superam os 8 mil quilos por hectare, com bom rendimento de engenho. O percentual colhido poderia estar bem mais adiantado não fossem as intensas chuvas ocorridas no início do mês. Atualmente, 42% da área estão maduras e com condições de ser ceifada, 30% em enchimento de grãos e 10% em floração.
Olerícolas e frutas
Pimenta – Cultura com bom desenvolvimento e em estágios que vareiam de floração, com 25%, e 75% em frutificação. Produtores seguem realizando os tratos culturais, com aplicações preventivas de fungicidas para controle da doença antracnose. A área plantada no município de Turuçu, na região Sul do Estado, é de seis hectares. As cultivares mais plantadas são a Dedo de Moça, Bico Doce, Caiana e Cecoia. Segue a comercialização da pimenta seca das safras anteriores, com valores de R$ 20,00/kg. A pimenta fresca é negociada a R$ 3,00/kg.
Figo – Cultura na fase de frutificação e colheita. Estão colhidos 68% da safra da zona Sul. Preços pagos aos produtores variam de R$ 2,00 a R$ 3,00/kg. Valores maiores para os figos de melhor qualidade, principalmente em razão do tamanho. Boa produtividade dos pomares. Na região Sul, há 120 hectares plantados em 432 propriedades rurais; a expectativa é colher 401 toneladas. Já na Campanha e Fronteira Oeste, os pomares de figo estão em frutificação. Produtores realizam adubações nitrogenadas na expectativa de elevar e garantir produção da segunda colheita, uma vez que a primeira foi afetada pelas condições climáticas desfavoráveis.
Criações
Pastagens – As pastagens estão com excelente rebrote e taxa de crescimento. Nas pastagens de verão, as áreas cultivadas com milheto, sorgo forrageiro e capim sudão apresentam ótima condição de utilização. Este quadro também se repete nas perenes de verão (braquiárias, panicuns e tiftons). Produtores que realizaram fenação nas pastagens de trevo e cornichão estão manejando as áreas de melhor potencial produtivo para produção de sementes. O campo nativo apresenta alta capacidade de suporte, fornecendo alimentação em quantidade e qualidade. Tem início o preparo do solo para implantação de pastagens de inverno: azevém, aveia, cornichão e trevos.
Bovinocultura de Corte – Com as condições satisfatórias para a época, os rebanhos estão mantendo boa condição corporal. Terneiros ganham peso, apresentando bom desenvolvimento nesta temporada. O calor e a umidade favorecem a incidência de carrapatos, bernes e mosca-do-chifre nos rebanhos, com proliferação e incidência elevadas. Esta situação tem levado os produtores a utilizar novas moléculas ou associar produtos para controle das infestações. O procedimento eleva os custos e em alguns casos pode haver intoxicação dos animais. É recomendado orientação de preferência de um médico veterinário, sigam as recomendações de utilização de cada produto e que tomem os devidos cuidados na manipulação e aplicação destes produtos, evitando risco para as pessoas e os animais.
Pesca artesanal – Na região de Pelotas, vem acontecendo a pesca da Corvina, Tainha e Camarão na Lagoa dos Patos. Em Tavares, boa produção de Tainha; camarão capturado na Lagoa do Peixe está muito pequeno. Em São Lourenço do Sul, pelo fato de a Lagoa dos Patos não ter salgado, temos forte crise na pesca, em razão da pouca captura de peixes e ausência do camarão. Em São José do Norte, há relatos de boas capturas de camarão.
Fonte: Emater – RS