Rede Soja Sustentável pretende agregar iniciativa privada, governo e ciência

César Borges – Foto: Ascom Instituto Soja Livre

A Rede Soja Sustentável, lançada no último mês, surgiu com o objetivo principal de estreitar os elos entre o potencial econômico, social e ambiental do agro tropical tecnológico e os anseios da sociedade urbana global por alimentos mais saudáveis, inclusivos e sustentáveis, priorizando o enfrentamento das mudanças climáticas.

Para o empresário e presidente da Rede Soja Sustentável, César Borges, esta iniciativa busca ainda resgatar ações que vinham sendo realizadas pelo ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli (in memoriam). “Ele é considerado o ‘pai’ da agricultura tropical e a nossa ideia é juntar a iniciativa privada, governo e ciência para vermos como o Brasil pode assumir a liderança mundial na bioeconomia, uma vez que já dispomos de condições tecnológicas, além da capacidade empresarial e de gestão”.

Fórum do Futuro

A Rede Soja e o Fórum do Futuro formam um consórcio único. “A ideia é fazer com que os públicos urbanos, seja no Brasil ou na Europa, entendam a potencialidade que representa você sair do estágio inicial do processo, que é a produção de commodities, e evoluir para a agregação de valor na escala industrial. A soja, por exemplo, se transforma em mais de mil produtos como remédios, cosméticos, biocombustíveis, alimentos e até construção civil”, explicou Fernando Barros, diretor do Instituto Fórum do Futuro.

Ainda de acordo com Fernando Barros, esse movimento pode significar o maior salto da economia global, se for bem desenhado e orquestrado, nas últimas décadas. “E o Brasil pode ser o líder disso. Nós temos muito o que fazer até lá, principalmente com o “hiato”, o “abismo” entre o que a gente sabe, as tecnologias sustentáveis que a gente tem e a capacidade que nós temos de levar isso ao território de quem opera (pequeno, médio, e grande produtor, a empresa), porém não conseguimos fazer isso sozinhos. Precisamos de apoio internacional, mas o objetivo é bastante ambicioso. Com isso, podemos minimizar os efeitos das mudanças climáticas, desmatamento, migração forçada, ou seja, uma revolução”.

Parceiros

A Rede Soja e o Instituto Fórum do Futuro já conseguiram reunir o Banco Mundial, a FAO, a Embrapa, a USP, a Universidade de Lavras, e a representação dos empresários e dos produtores para debater e elaborar uma plano de médio e longo prazos.

Segundo o César Borges, também conselheiro da Caramuru Alimentos e presidente do Instituto Soja Livre, a Rede Soja pretende ser um interlocutor dos vários agentes envolvidos na cadeia produtiva desta oleaginosa. “Desejamos agregar uma nova forma de comunicação aos nossos aliados como a Abiove, Aprobio, Ubrabio, a Aprosoja-MT – em especial, dentre outros, e também consolidar essa aliança. De início, queremos construir um Polo de Desenvolvimento na cidade de Sinop (MT) para darmos início a essa visão estabelecida no Fórum do Futuro, pela ótica maior do nosso querido Paolinelli”, finalizou.

Por Larissa Machado
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