Produção brasileira de café em 2021 deve diminuir 22,60% em relação a 2020, para 49 milhões de sacas

A produção brasileira de café em 2021, em fase inicial de colheita, deve totalizar 48.81 milhões de sacas de 60 kg de produto beneficiado. A estimativa sinaliza uma redução de 22,60% em comparação com a safra passada, que teve produção de 63.08 milhões de sacas, considerada recorde dentro da série histórica do grão.

Os números fazem parte do 2º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.

A produção do café arábica está estimada em 33.4 milhões de sacas, uma queda de 31,50% em comparação com o volume produzido na safra passada. Já a do conilon deve atingir 15.4 milhões de sacas, um aumento de 7,90% em relação ao volume de 2020.

No primeiro levantamento, de janeiro, a Conab estimou uma produção total, somados conilon e arábica, entre 43.8 milhões e 49.5 milhões de sacas, indicando uma redução entre 30,50% e 21,40%, em comparação ao resultado da safra passada.

Influências

Segundo comunicado da Conab, os efeitos fisiológicos observados em diversas regiões produtoras neste ciclo, bem como as condições climáticas adversas registradas em muitas localidades, influenciaram diretamente nessa perspectiva.

“Essa influência se deu tanto na redução do rendimento médio como na diminuição da área em produção”, informou a Conab. “Geralmente esta redução já ocorre nos ciclos de bienalidade negativa por causa da necessidade de tratos culturais mais intensos nas lavouras para recuperar o potencial vegetativo das plantas”.

Bienalidade

O café é uma das culturas que apresenta os efeitos da bienalidade, ou seja, um ano a cultura produz um maior número de frutos, o que exige da planta mais nutrientes. Como consequência, no ano seguinte ela recompõe suas estruturas vegetais e reservas, reduzindo sua produção.

Com isso, a estimativa inicial para produtividade média nacional está em 25 sacas por hectare, indicando redução em comparação com a safra anterior, de 25,40% (33,5 sacas por hectare).

A área estimada para esta produção também deve apresentar redução em comparação com 2020 e atualmente está em 1.8 milhão de hectares, 3,20% menor que a temporada anterior.

Produção regional

Em Minas Gerais, principal produtor nacional, a safra total de café está estimada em 23.3 milhões de sacas, uma queda de 32,60% em comparação com o volume total colhido na safra anterior. O café mais produzido no estado é o arábica, que é mais influenciado pelos efeitos da bienalidade negativa.

No Espírito Santo, maior produtor nacional de conilon, a estimativa é de 13.63 milhões de sacas. Desse total, 10.388 milhões de sacas são de conilon e 3.239 milhões de sacas de café arábica.

São Paulo deve produzir quatro milhões de sacas de café, indicando também uma redução em comparação com o resultado de 2020, que alcançou 6.18 milhões de sacas.

Na Bahia, a produção será de 3.955 milhões de sacas de café, com perspectiva de pequena redução em comparação às 3.986 milhões de sacas colhidas na safra anterior.

Rondônia deverá produzir 2.2 milhões de sacas, enquanto o Paraná, 876.000 sacas de café beneficiado. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 235.000 sacas; Goiás, com 212.000 sacas e Mato Grosso, com 199.000 sacas.

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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