A produção de grãos prevista para a safra 2016/17 atinge novo recorde e chega a 232 milhões de toneladas, com um aumento de 24,3% ou 45.4 milhões de toneladas frente às 186.6 milhões de toneladas da safra passada. A 8ª estimativa da safra atual foi divulgada nesta quinta-feira (11 de maio) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A super safra se deve ao crescimento de área e às boas produtividades médias. A previsão é de ampliação de 3,5% na área total, podendo chegar a 60.4 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras.
A soja deve ter um crescimento de 18,4% na produção, devendo atingir 113 milhões de toneladas, com um aumento de 1,8% na área plantada, que pode chegar a 33.9 milhões de hectares. Já o milho total deve alcançar 92.8 milhões de toneladas, 39,5% acima da safra 2015/2016. A previsão é de 30.2 milhões de toneladas para a primeira safra e de 62.7 milhões de toneladas para a segunda. A área total de milho deve ser de 17.2 milhões de hectares, o que representa uma ampliação de 8,3%. Milho e soja correspondem a quase 90% dos grãos produzidos no País.
A produção do feijão primeira safra deve alcançar 1.38 milhão de toneladas, resultado 33,5% superior ao ciclo 2015/2016. Já a segunda safra deve produzir 1.26 milhão de toneladas, sendo 624.000 toneladas do grão cores, 219.100 toneladas do preto e 415.400 toneladas do feijão caupi. O feijão total teve atingir uma produção de 3.3 milhões de toneladas, com área de 3.1 milhões de hectares. No caso do algodão pluma, o crescimento é de 15,5%, podendo chegar a 1.5 milhão de toneladas, apesar da estimativa de redução de 1,6% na área cultivada.
Culturas de inverno
As projeções para esses cultivos indicam queda de 7,8% na área de trigo. A previsão é de que sejam plantados 1.95 milhão de hectares, contra 2.1 milhões de hectares na safra passada. Com isso, a produção deve chegar a 5.2 milhões de toneladas, uma redução de 22.3% frente às 6.7 milhões de toneladas de 2016. As outras culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale) também registraram perda na produção, mesmo com alguns aumentos de área, como no caso da aveia e da cevada.
A pesquisa foi realizada no período de 23 a 29 de abril em todas as regiões produtoras, quando foram consultadas diversas instituições e informantes cadastrados em todo o País.
Fonte: Conab