Os dados da Secex/MDIC indicam que, na terceira semana de maio (13 a 19, cinco dias úteis), os embarques de carne de frango in natura alcançaram média diária pouco superior a 10.000 toneladas, o que fez com que os embarques da semana ficassem resumidos a apenas 50.170 toneladas (contra, por exemplo, mais de 70 toneladas na terceira semana de maio de 2017).
Em consequência desse fraco resultado, a média diária embarcada nos primeiros 13 dias úteis do mês (quase 62% de um total de 21 dias úteis em maio corrente) recuou para 12.812 toneladas, desempenho que resultou em um total de 166.500 toneladas exportadas no período e que sinaliza volume mensal total de 269.000 toneladas, 14% a mais que o registrado em abril passado (235.700 toneladas), mas quase 16% a menos que o embarcado em maio de 2017 (319.000 toneladas).
Em se tratando de volumes, nada a contestar, pois os resultados alcançados refletem bem o momento de dificuldades enfrentadas pelo setor exportador. A dúvida está (ou continua) no preço apontado pela Secex/MDIC para o produto in natura exportado.
De acordo com os dados ontem (21/5) divulgados, nesses 13 dias de embarques ele se situou na média de US$ 2.736,26 por tonelada, preço que representa aumentos de 46,59% sobre o mês anterior (US$ 1.866,55 a tonelada em abril passado) e de 65,48% sobre o mesmo mês do ano passado (US$ 1.653,56 a tonelada em maio de 2017).
Seria ótimo se fosse verdade. Mas a realidade é que o preço médio apontado, além de se encontrar cerca de 77% acima da média alcançada pelo produto in natura (frango inteiro + cortes) nos 12 meses encerrados em março de 2018, está muito próximo do preço médio dos industrializados de frango exportados nesses mesmos 12 meses.
Notar, porém, que enquanto os industrializados (entre os quatro itens exportados, o que apresenta maior agregação de valor) alcançaram a média de US$ 2.681,32 a tonelada, o valor ora apontado pela Secex/MDIC para o produto in natura ainda é 2% superior.
Fonte: AviSite