Dois anos depois do início do projeto, que recebeu R$ 2 milhões em investimentos, começa hoje a operação da plataforma digital de comercialização de produtos agrícolas Agropad.
Em sua primeira fase, a startup pretende unir pequenos produtores de frutas, legumes e verduras a empresas e famílias, mas o plano da empresa é, com o tempo, oferecer também outros itens da cadeia agropecuária, como defensivos, sementes e até máquinas agrícolas.
Luciano Moraes, fundador da Agropad, explicou que a ideia de criar a startup surgiu após uma visita à Ceasa de Porto Alegre.
Ao conversar com permissionários e produtores, ele ouviu relatos sobre as altas taxas cobradas pelos atravessadores, de cerca de 30%, e também sobre as dificuldades dos pequenos agricultores para fazer negócios. “Por não terem estrutura, eles ficam reféns e aceitam os preços que os intermediadores impõem”, disse Moraes.
A ideia da startup é reduzir os custos de produtores e permissionários e agilizar as entregas ao consumidor final. “Após o produtor aderir à plataforma, uma equipe de auditores fará análise do estoque e das condições dos produtos para dar aos consumidores garantia de qualidade e rastreabilidade”, explicou o criador da plataforma.
Para o agricultor, a Agropad oferece a operação logística para as vendas realizadas por meio da plataforma, com opções de pagamento por cartão e boleto.
No início de sua fase operacional, a Agropad contará com centros de distribuição em Sorocaba (SP) e Medianeira (PR). A empresa informou que, até o momento, tem cerca de 1.000 vendedores, de diversos segmentos, cadastrados em São Paulo, Paraná, Bahia e Minas Gerais.
A aposta na logística tem razão de ser: antes da nova startup, Luciano Moraes fundou, em 2016, a Redefrete, que faz entregas para grandes marketplaces como o Mercado Livre. A Agropad prevê faturar R$ 500.000,00 em seu primeiro ano de operações. Para 2023, já com capacidade plena, a meta é elevar a receita a R$ 3.5 milhões.
Fonte: Valor
Equipe SNA
