Plano Safra terá menos recursos que o projetado na gestão Dilma

O governo de Michel Temer reduziu em R$ 19 bilhões o montante estimado para financiamento no próximo Plano Safra, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) divulgada ontem. Isso porque, ao divulgar mudanças nas regras de captação de recursos para financiamento agrícola a partir de Letras de Créditos Agrícolas (LCA), o governo da presidente afastada Dilma Rousseff estimou que a alteração levaria a uma injeção de R$ 40 bilhões no setor, mas o CMN, ao regulamentar as mudanças, reviu esse número para R$ 21 bilhões.

“Neste momento, estamos tentado ser realistas, como tem tentado fazer o governo do presidente interino”, afirmou o chefe de gabinete do diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operação de Crédito Rural do Banco Central, José Reinaldo Furlani. Segundo ele, as projeções da gestão anterior “não se concretizaram”. Daí a revisão, baseada no montante captado com LCAs no Plano Safra 2015/16, que terminará no dia 30 de junho.

Uma das mudanças nas regras do Plano Safra 2016/17 permitiu que 35% do montante que for captado com LCAs, independentemente do lastro da operação, seja direcionado ao crédito rural. Em 2015/16, estão sendo destinados 50% do total captado com LCAs, mas apenas as lastreadas em operações controladas. Com R$ 19 bilhões a menos, o próximo plano terá R$ 183.8 bilhões, ante os R$ 187,7 bilhões inicialmente previstos para 2015/16.

 

Fonte: Valor Econômico

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp