Pandemia afetou logística de contêineres para carnes e frutas

O consultor em logística da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, disse que o Coronavírus afetou os setores de carnes e frutas em virtude de dificuldades no trânsito de contêineres. “Tivemos o problema de desbalanceamento de fluxo de contêineres”, disse Fayet, em “live” promovida nesta quinta-feira pelo escritório Mattos Engelberg.

Segundo ele, o fluxo de contêineres para a Europa demora de 15 a 20 dias; no caso da Ásia, são 35 a 40 dias. “Quando há uma parada, como ocorreu no início da crise do Coronavírus, houve um desbalanceamento que prejudicou o setor de carnes. O setor de frutas também teve um pequeno abalo.”

Mas o consultor disse que o efeito é “transitório”. No caso dos granéis, apesar do Coronavírus, os embarques ao exterior do Brasil seguem acelerados. “Em grãos estamos aumentando a exportação em relação ao ano passado mesmo com o Covid-19”.

Segundo Fayet, apesar da crise provocada pela doença, o interesse externo por investimento em infraestrutura continua forte por causa do papel do País no fornecimento de alimentos ao mundo. Mas, segundo ele, é preciso melhorar a regulação do setor ferroviário e rodoviário. “No mundo não falta dinheiro para investir. O problema nosso é qualidade da regulação, que é absolutamente instável”.

No caso dos portos, acrescentou o consultor, a melhora da legislação estimulou o investimento em terminais privados, que hoje respondem por 2/3 das cargas movimentadas no País. “Quem quiser investir com mais segurança e estabilidade vai ter de vir para cá”, disse. “Se fizermos uma regulação adequada, vai ser uma explosão de investimentos sem o Brasil precisar botar a mão no bolso”.

 

Estadão Conteúdo

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