A agricultura brasileira está vulnerável ao ataque de outras novas e perigosas pragas além da lagarta helicoverpa armigera, que devastou parte dos campos do país há dois anos, deixando um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões aos produtores rurais. A Embrapa lista pelo menos 19 ameaças reais somente à soja.
Devido à extensão territorial que ocupa, a cultura pode ser ponte para os invasores atacarem plantações de outros produtos, como milho, algodão e feijão.
Para falar sobre o assunto, o programa Nossa Terra entrevistou o entomologista da Embrapa Soja de Londrina (PR) Adeney de Freitas Bueno, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia sobre os novos riscos às plantações brasileiras.
Adeney disse que hoje já existem produtos para combater a helicoverpa armigera. De acordo com ele, a lagarta foi detectada no Brasil em 2013 e a falta de conhecimento, a princípio, foi um grande problema para manejar a praga. Por isso, causou um grande prejuízo aos produtores rurais.
Neste ano, segundo o entomologista, a helicoverpa armigera não foi um problema. O manejo da lagarta já é mais fácil, pois o País possui bons inseticidas químicos e biológicos que fazem o controle da praga.
Sobre o surgimento das novas pragas, Adeney de Freitas explicou que, com os meios de transporte, a locomoção humana ficou maior e mais fácil. Com isso, muitos insetos são levados ou trazidos de outros locais, inclusive de outros países.
Porém, ele alertou que o surgimento desses insetos no Brasil não significa uma infestação de pragas. É preciso que os produtores rurais se previnam e conheçam o problema para poder combatê-lo.
O produtor agrícola é bem representado na Nacional da Amazônia: o Nossa Terra tem notícias sobre meio ambiente, agronegócio, pecuária, cooperativismo e novas tecnologias para o campo, além da previsão do tempo para toda a região, enfocando o setor agrícola.
Para acompanhar o fim da tarde do produtor rural, o programa toca músicas regionais e de viola. Se você também tem a vida ligada ao campo, sintonize o Nossa Terra, de segunda a sexta, às 17h (horário de Brasília), na Nacional da Amazônia, e às 15h (horário local), na Nacional do Alto Solimões.
A produção é de Kátia Lins e a apresentação de Airton Medeiros. Antônio Miranda é o programador musical e Reginaldo Fonseca o operador técnico.
Fonte: EBC