A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, receberam líderes dos movimentos de caminhoneiros autônomos na noite desta quarta-feira (17/4), no Ministério da Agricultura, para discutir medidas que podem ser tomadas pelo governo para melhorar as condições de trabalho da categoria e fazer com que o número de fretes seja ampliado.
Os dois ministros apresentaram as alternativas que estão sendo discutidas para ajudar o setor e receberam um voto de confiança dos transportadores. Os representantes dos caminhoneiros chegaram a dizer que em governos anteriores não havia a mesma facilidade de negociação.
Estiveram presentes à ocasião o presidente da Cooperativa dos Transportadores Autônomos do Brasil, Wallace Landim; Paulo Costa, David Rocha e Marcelo Aparecido, diretores da Acav, associação dos transportadores autônomos do Porto de Santos; Carlos Henrique, da Coopertrans, também do Porto de Santos; Rodney Larocca, da Coopertrac, cooperativa de Castro, no Paraná.; e Gustavo Ávila, representante de caminhoneiros autônomos.
O grupo explicou aos ministros que a categoria só quer ter condições de trabalhar com dignidade. O aumento dos preços do óleo diesel foi um dos assuntos tratados, assim como os preços mínimos e a tabela de frete, as formas de organização dos autônomos e as medidas para aumentar a segurança da categoria nas rodovias.
Para isso, o governo já anunciou a inserção, nos contratos de concessão de rodovias, da exigência de construção de pontos de parada oficiais, para que os caminhoneiros tenham onde descansar com segurança, minimizando o risco de assaltos.
O primeiro ponto de parada será construído na cidade de Catalão, em Goiás, à beira da BR-050, uma das estradas mais importantes na ligação de São Paulo e Paraná com os estados do Centro-Oeste. O ministro Tarcísio informou que os novos contratos de concessão terão de contemplar esses pontos de parada e que já está sendo discutida com o Tribunal de Contas da União (TCU) uma mudança nos contratos em vigor.
Ficou decidido que os dois ministros vão estudar medidas para serem propostas à categoria em novas reuniões, sendo que as primeiras serão realizadas logo após a Semana Santa.
Os representantes dos caminhoneiros saíram do encontro dizendo-se confiantes de que o governo Bolsonaro está disposto a ajudar a resolver os problemas estruturais da categoria, que já dura muitos anos e jamais foram enfrentados com profundidade.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento