O ambiente de negócios segue truncado no mercado brasileiro de milho. Segundo a Safras Consultoria, os consumidores ainda atuam com pouca força, sinalizando com uma preocupação mínima em relação ao abastecimento e tentando forçar a queda de preços.
No decorrer das negociações da última sexta-feira (17/3), os produtores começaram a avançar na fixação de oferta e com preços mais baixos. Foram os casos, por exemplo, de São Paulo e do Paraná.
Para os próximos dias, a falta de espaço em armazéns é ponto de atenção para o mercado do milho. Isso porque essa situação começa a afetar a decisão de venda dos produtores. A colheita e a logística da soja são os focos nesse momento e os fretes seguem firmes no País.
No porto de Santos (SP), o preço ficou entre R$ 85,00 (compra) e R$ 93,00 (venda) a saca (CIF). No porto de Paranaguá (PR), contudo, a cotação do milho ficou entre R$ R$ 85,00 e R$ 92,00 a saca.
A cotação ficou em R$ 81,00 e R$ 83,00 a saca em Cascavel (PR). A semana passada fechou com preço de R$ 80,00 e R$ 82,00 na Mogiana, no Estado de São Paulo. Em Campinas (SP) CIF, o preço foi de R$ 85,00 e R$ 87,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 88,00 e R$ 91,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, R$ 78,00 e R$ 80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, R$ 75,00 e R$ 77,00 a saca em Rio Verde/CIF. Em Mato Grosso, por fim, o preço ficou a R$ 68,00 e R$ 73,00 a saca em Rondonópolis.
Bolsas
Os contratos futuros do milho em Chicago fecharam a sessão de sexta-feira em alta. O mercado foi sustentado pela queda do dólar frente a outras moedas correntes e pela demanda aquecida para o cereal norte-americano, especialmente com destino à China.
O indicativo de corte na safra de milho da Argentina completou o cenário positivo. A queda do petróleo, por outro lado, limitou os ganhos.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a estimativa de produção de milho para a Argentina na safra 2022/23 de 37.5 milhões de toneladas para 36 milhões de toneladas. Na comparação com a safra anterior, a queda chega a 30,80%.
Contratos
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 191.000 toneladas de milho para a China. O volume será entregue no ano comercial 2022/23. Na semana, o vencimento maio de 2023 acumulou uma alta de 2,75%.
Na sessão, o vencimento maio fechou cotado a US$ 6,34¼ por bushel, em alta de 1,50 centavos, ou 0,23%, em relação ao fechamento anterior. O vencimento julho fechou a sessão cotado a US$ 6,17¾ por bushel, em alta de 1,50 centavos, ou 0,24%, em relação ao fechamento anterior.