Milho: Em Rio Grande, preço sobe 2,79% e fecha a R$ 44,20. No mercado interno, cotações seguem firmes 

A segunda-feira (29) foi positiva para os preços do milho praticados no Porto de Rio Grande. A saca do cereal encerrou o dia cotada a R$ 44,20, em alta de 2,79%. Em Paranaguá, as cotações futuras permaneceram estáveis, a R$ 35,50 a saca para entrega em setembro/16. Em Campo Novo do Parecis (MT), a cotação subiu 6,90%, com a saca cotada a R$ 31,00. Já em Tangará da Serra (MT), a alta foi de 3,45% e a saca finalizou o dia cotada a R$ 30,00. Em Cascavel (PR), a saca encerrou o dia cotada a R$ 32,80, em leve alta de 0,92%.

Nas praças de Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná, a alta foi de 0,61%, com a saca cotada a R$ 33,00. Nas demais regiões pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade. Além do dólar, as cotações no mercado interno continuam sustentadas pelo quadro ajustado entre oferta e demanda, conforme reforçam os analistas.

De um lado, as principais regiões produtoras do cereal na primeira safra, Sul e Sudeste, encontram certa dificuldade no avanço da colheita, em função das chuvas constantes. O cenário tem limitado a disponibilidade do grão no mercado, que está bastante enxuto devido às exportações fortes registradas desde o segundo semestre de 2015, informou o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) nesta segunda-feira.

“Quanto ao milho da segunda safra, o semeio segue intenso e a estimativa é de aumento na área, mas agentes estão receosos quanto ao clima e seus impactos sobre a produtividade”, disse a entidade em nota.

Ainda hoje, a INTL FCStone divulgou novos números sobre a demanda doméstica e as exportações da safra 2014/15. “Estimamos que a demanda doméstica de milho tenha sido maior, alcançando 57.5 milhões de toneladas. Essa demanda interna, aliada a exportações em 35 milhões de toneladas, levaria os estoques finais da safra 2014/15 para um nível bem mais baixo que as 10 milhões de toneladas estimadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), ficando em 4.36 milhões de toneladas”.

Segundo a analista da consultoria, Ana Luiza Lodi, “essa disponibilidade menor de milho encontra outro agravante que é a grande distância entre produtores e consumidores, o que encarece e, muitas vezes, inviabiliza a negociação entre eles, provocando situações de escassez do grão em algumas regiões e elevação de preços”.

BM&F Bovespa

Diante da ligeira alta registrada no dólar nesta segunda-feira (29), os contratos futuros do milho negociados na BM&F Bovespa encerraram o pregão em alta. Os principais vencimentos ampliaram os ganhos ao longo do dia e fecharam a sessão com valorizações entre 0,62% e 1,58%. O vencimento março/16 rompeu o patamar de R$ 44,00 a saca, fechando cotado a R$ 44,07 a saca. Já o setembro/16, referência para a safrinha encerrou cotado a R$ 37,17/saca.

Bolsa de Chicago

Na contramão dos ganhos registrados no Brasil, os contratos futuros do milho negociados na CBOT tiveram um início de semana negativo. Os principais vencimentos ampliaram as perdas durante a sessão e encerraram o dia registrando desvalorizações entre 1,00 e 2,75 centavos. O vencimento março/16 fechou cotado a R$ 3,53½ o bushel, enquanto o maio/16 fechou a US$ 3,57 o bushel. O mercado recuou pelo 5º pregão consecutivo na CBOT.

Diante da falta de informações, o mercado segue acompanhando os dados vindos do financeiro. “As cotações recuaram devido a uma falta de demanda. Traders também acompanharam um movimento de venda por parte dos fundos para a aquisição de lucros, típico de final de mês”, informou o site Agricultre.com.

Fonte: Notícias Agrícolas

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