No final de semana, o Ministério da Agricultura anunciou que, além da Coreia do Sul, outros três importantes mercados reabriram suas fronteiras às carnes brasileiras: China, Chile e Egito. Seu embargo, agora, está limitado aos 21 frigoríficos denunciados na operação da Polícia Federal. Outros sete mercados acompanharam a decisão brasileira de suspender, especificamente, os Sistemas de Inspeção Federal (SIFs) investigados ou, então, somente os SIFs que os atendem. São eles Japão, África do Sul, União Europeia, Suíça, Arábia Saudita, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Vietnã e Peru.
Quem acompanha o dia a dia das exportações da avicultura já deve ter percebido que nesse grupo está presente a maioria dos principais importadores da carne de frango brasileira. Ou, pela ordem (segundo o ranking de 2016), Arábia Saudita (1º), China (2º), Japão (3º), Emirados Árabes Unidos (4º), África do Sul (6º), Egito (10º), Coreia do Sul (11º), e também a União Europeia, bloco que tem a Holanda, Reino Unido e Alemanha como, respectivamente, 7º, 13º e 15º principais importadores do produto.
Juntos, esses dez países responderam por pouco mais de 62% das importações brasileiras de carne de frango de 2016. Com isso, fica claro que se caminha rapidamente para o equacionamento do inesperado bloqueio. Mesmo assim, fica uma pergunta: qual é a posição de outros igualmente importantes importadores? Casos, por exemplo, de Hong Kong, Kuwait, Cingapura e Rússia que, no ano passado, ocuparam, respectivamente, a 5ª, 8ª, 9ª e 12ª posições no ranking de importadores da carne de frango do Brasil.
Desde a última sexta-feira (24), o Ministério da Agricultura vem publicando uma lista em que mostra a posição dos importadores que já se posicionaram em relação à operação da Polícia Federal. E, nessa relação, Hong Kong aparece entre os 11 países (inclusive México, importador, somente, de carne de frango) que mantêm suspensão temporária às carnes brasileiras. Já a Rússia está entre os três países que apresentaram pedidos de informação sobre o episódio. Neste caso, o governo russo solicita esclarecimentos sobre SIFs específicos.
Ao todo, e até as 15 horas do último sábado (25), foram 30 diferentes manifestações. Como, em 2016, os exportadores brasileiros atenderam 141 diferentes mercados, conclui-se que ainda há muito por definir. De toda forma, a “roda volta a girar” em relação à parte mais ponderável desse mercado. O que não significa que os problemas criados e avolumados no decorrer da última semana sejam equacionados num piscar de olhos. O tumulto criado foi muito grande. Assim, vai ser necessário algum tempo até que “as melancias voltem a se ajeitar na carroça”.
Consulte aqui a lista do Ministério da Agricultura com a situação atual nos mercados importadores de carne.
Fonte: AviSite