O mercado brasileiro de algodão encerrou o mês de janeiro com menor liquidez, influenciado por fatores conflitantes: desvalorização do dólar e a forte elevação da pluma na bolsa de Nova York (Ice Futures). “Tanto câmbio como a bolsa norte-americana tem pesado na hora da decisão de negociar. Isto serve para compradores como para vendedores”, disse o analista de Safras & Mercado, Cezar Marques da Rocha Neto.
No CIF de São Paulo, a pluma está sendo indicada a R$ 2,73 centavos por libra-peso. Quando comprado ao mesmo período do mês anterior, apresenta alta de 0,74%. Em relação ao ano anterior, a alta é de 4,20%.
Em janeiro, os contratos futuros em Nova York acumularam alta de 6% diante de boa demanda para a fibra norte-americana. As vendas líquidas norte-americanas de algodão (upland), referentes à temporada 2016/17, iniciada em 1º de agosto, ficaram em 328.700 fardos na semana encerrada em 26 de janeiro. O número ficou 28% abaixo da semana anterior, mas com uma elevação de 8% sobre a média das últimas quatro semanas.
A China liderou as compras com 52.500 fardos. Para a temporada 2017/18, foram mais 89 mil fardos. As informações são do USDA. Já o Brasil apareceu mais uma vez como importador do algodão norte-americano, segundo relatório divulgado pelo USDA de vendas líquidas no dia 2. O volume foi baixo, de 248 toneladas. No acumulado do mês de janeiro, o total é de 8.329 toneladas.
“Resta saber se realmente será confirmado este volume, que seria o maior valor para janeiro desde 2003/2004, quando chegou a 10.130 toneladas”, disse o analista Rocha Neto.
Fonte: Agência Safras