A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou que a região centro-sul do país, que inclui o Mato Grosso, alcançou na segunda quinzena do mês de outubro deste ano, o maior volume já produzido de etanol de milho para a região, de 25.2 milhões de litros, o que representa um aumento de 125,4% em relação ao que foi produzido no mesmo período de 2016. Com isso, a região já acumula uma produção de 318.6 milhões de litros de etanol de milho desde o início do ano, registrando mais um recorde, diz o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
É importante destacar que esse avanço é reflexo da implantação da primeira usina exclusiva para a produção do biocombustível de milho no Brasil, localizada em Mato Grosso, aliada aos preços mais atrativos do milho como matéria-prima nesta safra. Apesar do consumo para este fim representar pouco frente ao que o país produz de milho, é aguardado novos investimentos para a produção do biocombustível em Mato Grosso nos próximos anos, que podem possibilitar a ampliação do consumo e da agregação de valor ao produto dentro do estado.
Preço do milho
O preço do milho disponível continua se apoiando nas melhores ofertas do mercado interno, refletindo em uma alta semanal de 0,98% e cotação média de R$ 15,96/saca. O contrato da CBOT para dez/2017 registrou alta de 1,44%, devido, sobretudo, às movimentações técnicas e preocupações quanto ao clima mais seco na Argentina.
A relação frete/milho trabalhou com baixa de 1,89% na última semana, sendo o fator determinante a queda de 1,82% no preço do frete. O contrato da BM&F de janeiro/2018 finalizou a semana em baixa de 2,12%, cotado a R$ 31,75/saca.
Etanol de milho nos EUA
Os Estados Unidos lideram a produção de etanol no mundo, tendo como principal matéria-prima o milho. Boa parte do que o país cultiva é destinado à fabricação do biocombustível.
Diante disso, o último relatório semanal divulgado pela EIA– U.S Energy Information Administration, em 17/11, mostrou que o país produziu na última semana o maior volume desde o início do ano, de 6.8 milhões de m³/dia. Isso representa um aumento de 1,9% em relação à semana anterior e de 5,9% ao mesmo período de 2016, oportunizados pela ampla oferta do cereal no país.
No entanto, segundo o Imea, o mesmo movimento não está sendo acompanhado pelo consumo, uma vez que os estoques também aumentaram 1,9% na última semana, atingindo 21.9 milhões de m³, enquanto que, em relação ao ano passado, o incremento é de 15,5%. Com isso, os reflexos do aumento de estoques estão sendo sentidos nos preços do etanol, que, diante desse cenário, já caíram 9,6% em relação ao ano anterior.
Fonte: SFAgro
