A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou nesta sexta-feira prêmios para apoiar o escoamento de 167.900 toneladas de milho, o segundo menor volume desde o início dos leilões em maio, num momento em que o orçamento para o programa está se esgotando.
Até agora, a menor quantidade negociada nos leilões de Pep e Pepro este ano foi em 13 de julho, com 124.550 toneladas. O governo já utilizou mais de R$ 750 milhões dos R$ 800 milhões disponíveis para as subvenções, que visam a sustentar os preços em momento de safra recorde.
Não existem informações sobre se o Ministério da Agricultura contaria com recursos adicionais para o prosseguimento dos pregões, além dos R$ 800 milhões. A pasta não pôde responder imediatamente sobre o assunto.
Com os leilões de Pep e Pepro, inicialmente agendados para quinta-feira, mas realizados nesta sexta-feira por razões “técnicas”, segundo a Conab, o governo já negociou subvenção para quase 8.5 milhões de toneladas de milho – cerca de 9% da safra nacional de 97 milhões de toneladas. Até agora, o volume somado de ambos os mecanismos é o maior em quatro anos.
No leilão de Pep desta sexta-feira, foram negociadas 105.460 toneladas de milho ou 87,89% das 120 mil toneladas ofertadas. Os estados contemplados foram Mato Grosso do Sul e Goiás, com ágio de 6,70% apenas para um lote de 24 mil toneladas destinado ao Mato Grosso do Sul.
No leilão de Pepro, a negociação totalizou 62.440 toneladas – 69,38% das 90 mil toneladas ofertadas. Também foram contemplados os Estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, sem ágio.
Os prêmios são disputados por produtores e comerciantes em leilões reversos. Com a subvenção ao transporte, a ideia é reduzir a oferta e sustentar os preços, que atingiram valores abaixo dos custos em muitas regiões. As operações também ajudam a impulsionar exportações.
Fonte: Reuters